É preciso continuar falando sobre a crise na saúde no Estado, na região e em Criciúma. Porque, só piora. Os gestores públicos não conseguem dar a volta. Se mexem, se mexem, falam e falam, mas não conseguem dar a volta. Os políticos estão por aí, em campanha, correndo para lá e para cá. Articulando, compondo, pedindo votos, e a crise, na saúde, continua. Não é contornada.
A crise na saúde é em todo o Estado, mas Criciúma continua com a pior situação. Mais grave. Agora, por exemplo, tem cerca de 40 crianças internadas no Hospital Infantil Santa Catarina. Tem uma dezena de crianças esperando por leitos na fila.
Ouça o editorial completo desta sexta-feira:
Em Tubarão, situação crítica do Centro Materno Infantil do Hospital Nossa Senhora da Conceição. De 230 partos até o mês de abril, em junho, passou para 330. Em todo o Sul do Estado, 100% dos leitos estão ocupados. Estou falando de hospitais que atendem pelo SUS.
Ontem, a Justiça atendeu o pedido do Ministério Público e acionou o Estado determinando que todas as crianças que precisam de leito hospitalar ou de UTI sejam atendidas em até 12 horas. O MP protocolou a ação na quinta-feira pela manhã e ela foi deferida pelo Judiciário a tarde.
Agora, se a rede público, os hospitais que atendem pelo SUS, não tiverem leitos suficientes para atender, o Estado terá que comprar dos hospitais privados. O que não pode são as crianças ficar sem atendimentos. O governador Moisés colocou o secretário de saúde do Estado na corda bamba. Se não resolver a crise entre hoje ou amanhã, ele pode ser substituído.
Tirando a pandemia, não se tem notícia de uma crise tão grave e aguda em tempos recentes. Uma criança já morreu por falta de leito e a crise não é contornada. Não tem leito para internação, nem na UTI para atender as crianças. O momento exige um stop nas campanhas e na política. É momento de urgência. De todo mundo se debruçar em cima desse assunto.
Nossas crianças estão correndo risco. Não dá para continuar tudo na normalidade, fazendo a banda tocar como se nada fosse nada. Não dá para virar as costas. É preciso resolver isso já, ontem!