A nota da empresa Veigamed, do Rio, acabou sendo a "melhor notícia" para o Governo Moisés no meio do tiroteio pela crise dos respiradores.
O Governo pagou r$ 33 milhões adiantados por 200 respiradores que não foram entreges, para a Veigamed, uma empresa desconhecida de Nilópolis, interior do Rio.
Pagamento adiantado é uma prática incomum no serviço púbico.
A nota oficial da Veigamed distribuída hoje à tarde não resolve o assunto, longe disso, nem elimina a possibilidade de irregularidades no processo na tramitação pelo Governo.
Mas, diante das circunstâncias, foi o único movimento que teve algo de positivo (ou proveitoso).
Primeiro, porque mostrou que a empresa existe.
Segundo, porque a empresa anunciou que vai entregar os equipamentos até o dia 20 (de maio).
Duas perguntas importantes que até agora estavam sem resposta.
Detalhe - a empresa anunciou que vai os equipamentos, mas não aqueles comprados. Outro tipo.
Antes, a empresa fez critica ao Governo do estado, que teria perdido prazos e não cumpriu todas as obrigações que haviam sido acordadas.
Pelo menos compensa a outra informação da tarde - que a Justiça as contas da Veigamed, a pedido do deputado Bruno Souza, e só encontrou saldo de r$ 483 mil (dos r$ 33 milhões).
Mesmo assim, foi o que teve de melhor para o Governo.
Pela manhã, o ex-secretário Helton Zeferino deu entrevista para defender que o processo "seja esclarecido", confirmou a compra sem licitação e disse que não certificou a nota, nem liberou pagamento.
Helton disse ainda que deixou o Governo por decisão própria. Não foi demitido, nem "convidado a sair".
Desta forma, deixou claro que o Governador estava decidido a mantê-lo no cargo, mesmo depois de ter sido notificado pelo chefe do Ministério Público no estado sobre ação que havia protocolado no Tribubal de Justiça pedindo o afastametno imediato do Secretário.
Detalhe - o Goevrnador corria o risco de ter o Secretário "demitido" pela Justiça.
Poucas horas depois, o secretário de administração do estado, Eduardo Tasca, deu coletiva ao lado do chefe da Controladoria Geral do Estado e da Secretária de Governança.
Não acrescentou nada.
A coletiva não trouxe nenhuma informação objetiva, concreta, que não tenha sido antes divulgada.
Se não tivesse acontecido, não teria feito nenhuma falta.
A rigor, o Governo ainda está devendo explicações, e continua não se movimentamdo bem. Parece acoado, sem sabe para onde ir.
Para aplacar o "ânimo" dos deputados que vão instalar a CPI a partir de amanhã na Assembléia, precisa fazer mais.