Quando o vice-governador Eduardo Moreira aterrissar no aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, na quinta-feira, vindo da Europa, ja terá em mãos a entrevista do deputado Gelson Merisio, presidente estadual do PSD e candidato do partido a governador.
Ao jornalista Moacir Pereira, DC de fim de semana, Merisio repetiu de forma enfática:
“Governador foi eleito para quatro anos. Tem desejo, e é natural que dispute a eleição para o Senado. Essa decisão tomada, o prazo de saída é abril de 2018. Não antes disso”.
A rigor, Merisio reforçou o que foi dito pelo próprio Colombo em Urussanga na semana passada, em primeira mão para o repórter Decio Batista, da radio Som Maior. Que só passaria o comando do estado para Eduardo em abril.
O ingrediente novo é que nas palavras de Merisio fica “em aberto” a possibilidade de Colombo cumprir o mandato, não sair para disputar o senado.
O PMDB está incomodado com isso. Eduardo também. Por isso, vão cobrar uma definição de Colombo.
Sem ameaças, sem crise. Mas, vão pedir que o governador coloque as cartas na mesa.
Quem tem condições de fazer a conversa com Raimundo Colombo é Eduardo. Pela relação pessoal e política que cultivaram nos dois mandatos.
Antes de viajar, Eduardo já havia iniciado a conversa. Mas, Colombo adiou para a sua volta da Europa, onde ficou 10 dias em lua de mel.
Se depender de Merisio, não vai ter entendimento entre Raimundo e Eduardo, e muito menos entre PSD e PMDB.
Mas, o principal politico do PSD no estado é Colombo. Para onde ele decidir, leva o partido. Resta saber se ele vai confrontar com Merisio, no caso de decidir se acertar com Eduardo e o PMDB.
Depois que Raimundo definir a data da renúncia, Eduardo vai decidir com o PMDB se assume e cumpre o mandato, mesmo sendo em abril, ou também renuncia para disputar o senado. E aí o jogo para a eleição começará a ser montado.