Interina: Francieli Oliveira
O Sul do estado precisa reunir forças e não se dividir em bairrismos. Isso é coisa do passado. As ações do atual governo trazem à tona essa disputa que não faz bem nem para uma nem para outra cidade. Não há razões técnicas para que a macrorregional da Celesc seja em Tubarão e isso é provado em números. A arrecadação da regional de Criciúma é de R$ 700 milhões, enquanto a de Tubarão é de R$ 400 milhões. Criciúma é a maior cidade do Sul e ainda fica localizada entre as três microrregiões do Sul.
E a questão é que não deve parar por aí. Nos bastidores circulam informações de que o mesmo poderá acontecer com o Serviço Aeropolicial (Saer), que foi uma batalha de Criciúma, envolveu as entidades de Criciúma. Não há nada oficial sobre esse assunto que beira o inacreditável. Mas, até então também não se cogitava uma macrorregional da Celesc em Tubarão e não em Criciúma. A notícia pegou a todos de surpresa. A Celesc tentou maquiar a situação até o último minuto.
Há assuntos muito mais importantes do que se preocupar no momento. As estradas da região estão em situação precária, as pontes de ligação da ilha com o Continente, em Florianópolis, precisam de atenção máxima. Há riscos para atrasos das folhas dos servidores estaduais... poderia enumerar ainda outras situações que exigem muito mais urgência do que a criação de estruturas macros na Celesc e que têm suas sedes escolhidas por motivos políticos.
Mobilização (1)
A mobilização das lideranças para garantir que a macrorregional Sul da Celesc fique em Criciúma e não vá para Tubarão foi imediata. Hoje, prefeitos, presidentes de cooperativas e lideranças empresariais fazem apelo aos seis deputados estaduais que representam a Amrec e Amesc – Ada De Luca (MDB), Jessé Lopes (PSL), Júlio Garcia (PSD), Luiz Fernando Vampiro (MDB), Rodrigo Minotto (PDT) e Zé Milton Scheffer (PP) – para que também façam parte dessa manifestação. A reunião foi convocada pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB).
Mobilização (2)
A Associação Empresarial de Criciúma (Acic) também entrou na mobilização para que a macrorregional permaneça com a cidade. Liderou um documento que tem a assinatura de outras associações empresariais da região e irá encaminhar para a Celesc e para o governador Carlos Moisés (PSL), que receberá o documento das mãos do deputado federal do seu partido Daniel Freitas em reunião na segunda-feira.
Na mesa
O vice-presidente da executiva municipal do MDB, Ricardo Beloli, e o ex-deputado Jorge Boeira (PP) dividiram mesa, ontem, para almoço no restaurante Famiglia Angelotti. Os dois não tem relação com o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) e seu governo. No cardápio, possibilidades para a eleição municipal de 2020.
Precário
O que mais chama atenção na deterioração da SC-370, que liga os municípios de Grão Pará e Urubici, vai além da cratera que se abriu e da solução encontrada (jogar o tráfego para o acostamento e proibir caminhões). A pavimentação foi realizada há pouquíssimo tempo, em 2016. Um asfalto novo que não poderia de jeito nenhum estar da maneira que se encontra.
Prejuízos
O fechamento da Serra do Rio do Rastro para caminhões deve gerar consequências negativas à economia da região. O trajeto alternativo por Santo Amaro da Imperatriz é cerca de 300 quilômetros maior e isso já vem refletindo no preço do frete. No caso do Corvo Branco, caminhões maiores já não transitavam devido às dificuldades e perigos da estrada.
Bancada catarinense
O Fórum Parlamentar Catarinense, que reúne os 16 deputados federais e os três senadores, realizou a primeira reunião dessa legislatura. As prioridades ficaram voltadas à infraestrutura com atenção ao Norte e Grande Florianópolis. Estão na pauta de reivindicações a recuperação das BRs 282 e 470 e a continuidade das obras do contorno de Florianópolis.
Dez anos
Celebrando aniversário, a Schumacher Construções, foi a responsável pela construção do alojamento dos alunos da Medicina da Unesc no Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC). O novo espaço de 102 m² foi executado em apenas 12 dias, cumprindo com o cronograma. Na foto, Tiago Prudêncio (diretor da Schumacher Construções), Márcio Vito (engenheiro da Unesc), Maria Inês da Rosa (coordenadora do curso de Medicina da Unesc) e Dr. Leon Iotti (diretor técnico do HMISC).
Saiu
Aliás, Dr. Leon Iotti que desde que chegou à região vem prestando um excelente trabalho, não é mais o diretor geral do Hospital Materno Infantil Santa Catarina. Ele segue como diretor técnico da instituição.
CPI da Ponte
Serão definidos até a próxima quarta-feira os deputados que vão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que vai investigar as obras de recuperação da Ponte Hercílio Luz. A comissão terá nove deputados. MDB, Bloco Social Liberal (PR e PSL), Bloco Social Democrático (PSD, PDT, PSDB e PSC) e o Bloco PP-PSB-PRB-PV terão, cada um, duas cadeiras na CPI, enquanto a bancada do PT ficará com uma vaga. O deputado de Criciúma, Jessé Lopes (PSL), já manifestou interesse em presidir a CPI.
Pavimentações
A Prefeitura de Criciúma iniciou o processo licitatório para a pavimentação de 27 ruas na região da Quarta Linha. Os recursos são de financiamento junto à Caixa Econômica Federal, o Finisa. A intenção da Prefeitura é na continuidade fazer a recuperação da Rodovia Luiz Rosso. O financiamento total com o Finisa é de R$ 30 milhões.
Parque Centenário
A Kamilla Construções foi a vencedora da licitação para as obras de revitalização do Parque Centenário. O local receberá pista de caminhada, ciclovia e quadras poliesportiva e vem sendo chamado de Parque da Prefeitura pelo prefeito Clésio Salvaro. A Kamilla Construções ficou em primeiro lugar com a proposta de R$ 643.540,49.
Volta à cena
O ex-governador Raimundo Colombo (PSD) voltou à cena política. Anunciou ontem que irá assumir de forma voluntária a coordenação de Estudos Políticos da Fundação Espaço Democrático do PSD.
Taxa do esgoto
A reação devido ao valor cobrado pela Casan pela taxa de esgoto, que é de 100% em cima da tarifa da água, chegou a Forquilhinha. O presidente do Legislativo, Maciel Da Soler, esteve em Florianópolis e entregou um requerimento, com o apoio de demais vereadores, com questionamentos à Aris – Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento. É essa taxa que também está sendo questionada pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, e que pode levar ao rompimento com a Casan. A resposta é esperada para dia 28 de janeiro.