Interina: Francieli Oliveira
Um daqueles fatos que irá ficar na história como inacreditável aconteceu, ontem, em Forquilhinha. O prefeito Dimas Kammer (PP) deixou um bilhete demitindo o seu secretário de Governo, José Ricardo Junckes. Os dois estiveram juntos na noite anterior. Mas, o prefeito preferiu deixar o bilhete, já durante a noite, com o procurador do Município, para que fosse entregue ao setor pessoal na manhã seguinte. Foi um ato desrespeitoso com um dos principais secretários da administração. Os gabinetes do prefeito e de Zé Ricardo ficavam próximos. Isso poderia e deveria ter sido feito olho no olho.
A outra baixa recente no governo de Forquilhinha é a de Diego Passarela (PP), secretário de Saúde, que solicitou exoneração na semana passada e que fica no cargo somente até o dia 6 de março. Decisão tomada e sem volta. Ainda tem o fato de que Zé Ricardo é o presidente do PP de Forquilhinha.
Não por acaso, Zé Ricardo e Diego tem proximidade com o grupo do ex-prefeito Lei Alexandre (PP). O fato desta semana vem para deixar evidente que o PP irá rachado para a eleição municipal do ano que vem.
Lei foi prefeito por duas vezes e é um forte candidato dentro de Forquilhinha. Dimas foi seu sucessor. Chegou a dizer, em conversa com Lei, que estaria disposto a não concorrer, porém, essa atitude mostra que está disposto a ir para a reeleição.
O PP deve se reunir nos próximos dias para tratar do assunto.
Caso semelhante
Não foram poucos os que lembraram do caso de cassação do prefeito de Criciúma Décio Góes (PT), lá em 2004, em comparação com a trapalhada do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, ao sugerir que o slogan da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, fosse lido na volta às aulas. Décio perdeu o cargo ao qual se reelegeu por usar a palavra feliz na sua campanha. Seus adversários e a Justiça Eleitoral entenderam que relacionava à Festa das Etnias, promovida pelo Governo Municipal.
Ainda sobre o caso do ministro, o problema não está em cantar o Hino Nacional. Não há nenhum problema. Agora, slogan de campanha tem que ficar na campanha. A eleição já acabou. O ministro fez bem e voltou atrás.
Via Rápida
O deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB) pediu audiência com o governador Carlos Moisés (PSL) e com o secretário da Infraestrutura, Carlos Hassler, para cobrar providências em relação à Via Rápida. A rodovia já tem mais um ano da inauguração, mas ainda há obras a serem realizadas e o principal de tudo é a estadualização para que deixe de ser uma estrada “sem dono”.
Com os mineradores
O secretário da Fazenda, Paulo Eli, e o governador Carlos Moisés, irão receber os empresários de mineração, na sexta-feira, na Casa da Agronômica. O setor será ouvido em relação à nova política fiscal do Estado. Principalmente em relação ao ICMS. Os responsáveis pelas carboníferas do Sul não escondem a preocupação e afirmam com todas as letras que se a atual decisão sobre o ICMS for mantida, o setor está inviabilizado. Somente de forma direta, são 3 mil empregos.
Safra da maçã
O secretário executivo da Amrec, Acélio Casagrande, acompanhou comitiva de Lauro Müller na Defesa Civil Estadual, em Florianópolis, tratando das ações para liberação de caminhões na Serra do Rio do Rastro. O prefeito Valdir Fontanela e o deputado estadual Volnei Weber (MDB) também estavam presentes. A preocupação é com a safra da maçã, que está para começar. A negociação é para que caminhões até 10 toneladas possam trafegar. Por enquanto, está liberado apenas para caminhões até seis toneladas. Uma nova vistoria deverá ser realizada.
Assinaturas suficientes
O deputado estadual Lércio Schuster (PSB) conseguiu o número de assinaturas suficientes para a instalação da CPI da Caixa Preta que deverá investigar as isenções fiscais concedidas pelo Governo do Estado. São necessárias 14 assinaturas, mas já havia 18 até a noite de ontem. Assinaram Bruno Souza (PSB), Jessé Lopes (PSL), Ivan Naatz (PV), Sérgio Motta (PRB), Maurício Eskdlark (PR), Mauro de Nadal (MDB), Luiz Fernando Vampiro (MDB), Nazareno Martins (PSB), Neodi Saretta (PT), Fabiano Luz (PT), Padre Pedro Baldissera (PT), Luciane Carminatti (PT), Felipe Estevão (PSL), Coronel Mocellin (PSL), Ricardo Alba (PSL), João Amin (PP) e Jair Miotto (PSC).
Situação preocupante
O governador Carlos Moisés voltou a falar em atraso de salários dos servidores públicos em entrevista que concedeu à veículos da NSC. O problema já chegaria em junho ou julho. Essa não é a primeira declaração de Carlos Moisés a respeito de atrasos em folhas de pagamentos. Já revelou que o Estado não provisionou o 13º nem em janeiro e nem em fevereiro. O discurso do secretário da Fazenda, Paulo Eli, segue a mesma linha.
Primeiro projeto
O primeiro projeto aprovado pela nova legislatura na Alesc tem relação direta com Criciúma.
A proposta, de autoria do Tribunal de Justiça, foi aprovada por unanimidade, com votação em turno único. O projeto havia sido arquivado no final da legislatura passada, em janeiro, e foi desarquivado a pedido do Poder Judiciário. O objetivo da matéria é doar para a Prefeitura de Criciúma parte da área onde está instalado o Fórum da Comarca para que a administração municipal possa fazer a reurbanização dos passeios públicos em frente ao imóvel, além de melhorar as condições de trânsito e acesso ao prédio. A Prefeitura deverá iniciar ainda neste ano a construção do binário da Avenida Santos Dumont, que passa em frente ao Fórum.
Secretária de Saúde na Câmara
A secretária de Saúde de Criciúma, Francielle Gava, deverá ir até a Câmara de Vereadores no dia 9 de abril. Ela deverá explanar o que a pasta vem fazendo para reduzir as filas para consultas e exames. A área é uma das que mais têm recebido críticas dos vereadores.
Tem pressa
O presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma, Miri Dagostim (PP), encaminhou documento à Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, em Brasília, solicitando agilidade no processo de cessão de uso do prédio onde funcionava o Ministério Público do Trabalho, local que poderá abrigar o novo prédio da Câmara. Foram encaminhadas fotos e matérias dos veículos de comunicação sobre o abandono do local.