A situação de constrangimento criada no sábado pelo chefe do cerimonial do governo do estado, coronel Ricardo, acabou abrindo espaço o PP fazer nova investida sobre o vice-prefeito Zé Spillere, oferecendo apoio para sua candidatura a prefeito em 2020.
Zé foi impedido de discursar na inauguração da pavimentação de uma rodovia, e teve acesso negado ao espaço das autoridades.
Como foi ele quem trabalhou politicamente pela obra (garante ter feito mais de 12 viagens a Florianópolis para tratar disso), ficou indignado com as restrições, e foi embora. Com ele, praticamente todo o PSD. “Eu estava com o discurso preparado faz quatro anos”, comentou Spillere.
De imediato, o PP voltou à carga, oferecendo apoio e chamando para aliança.
PP lidera hoje a oposição em Nova Veneza, junto com o MDB. Os dois partidos apoiariam Spillere, contra o prefeito Frigo, que é candidato à reeleição.
No domingo, depois de muitos contatos de lideres do PP, Zé fez reunião com dirigentes do PSD para avaliar a situação.
Ontem, ele lembrou que o prefeito Rogerio Frigo, PSDB, tem compromisso de apoiar um candidato do PSD para 2020, mas emendou: “mesmo assim, nada impede que o PSD apoie a candidatura do Frigo de novo, só tem que conversar”.
O PP procura Zé Spillere desde o inicio do ano.
Em principio, Spillere seria o candidato a prefeito, o PP indicaria o vice, e o MDB apoiaria a chapa, com a perspectiva de ter a presidência da câmara.
Há setores do PSD estimulando Spillere a aceitar o acordo e romper com Frigo até o fim do ano. Depois do incidente de sábado, o movimento interno aumentou.
A assessoria do prefeito Frigo destaca que o cerimonial foi feito pelo governo do estado, e que o prefeito “brigou” para que Zé falasse.
Sobre isso, o vice-prefeito arrematou, ontem à noite: "eu sei que foi o protocolo, mas protocolo é para ser quebrado, quando é preciso”.
Blog Adelor Lessa
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