Todo mundo sabe, nunca foi segredo e nunca escondi que além de torcer pro Criciúma, sou torcedor do Grêmio. Na real, eu sou Gremista antes de conhecer o Comerciário que virou Criciúma.
O Criciúma está numa fase espetacular, empolgante, pra cima. Alto astral e só alegria. Mas o Grêmio, fase ruim, muito ruim. Pegou o elevador para baixo e não parou mais.
Eu tenho apanhado muito por causa disso, meus amigos não perdoam e recebo uma tonelada de memes por dia. É do jogo, né? O Grêmio errou a mão, desarmou geral e vai demorar para encontrar o caminho. Vai precisar de um líder para se refazer.
E aí está o furo da bala, que aponta para uma questão importante e interessante. Para usar o termo do futebol, o Grêmio desandou porque o comandante não tinha ou perdeu o controle do vestiário.
Isso quer dizer que o chefe técnico não tinha o comando do grupo, não liderava a tropa. Tinha conhecimento técnico, entendia de estratégia, treinava bem o time, sabia o que fazer para vender. Mas não liderava o grupo e os jogadores em campo não se mostravam comprometidos.
Na gestão de um negócio, também é assim. O cidadão pode ser perfeito tecnicamente, conhecer tudo da empresa, entender o mercado como ninguém. Mas se ele não liderar o grupo, se não tiver o comando, a empresa vai ter problema.
Não faz muito tempo que um empresário daqui fez a troca do CEO, que é o comandante. Promoveu a chefe o diretor comercial, que tinha feito uma carreira brilhante na empresa. Conhecia tudo da empresa e do mercado.
Mas ele acabou levando a empresa pro buraco e deu um prejuízo histórico, porque era ótimo diretor comercial. Conhecia tudo da sua área, mas não era líder. Não tinha o comando de todo o grupo e não liderava a companhia.
Para ter comando tem que ter conhecimento técnico, mas principalmente ser líder. Quem não lidera, não conduz as vitórias.