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O jogo duro de Salvaro e outras da coluna

Prefeito chega a exonerar secretários para garantir licença de Alisson

Por Adelor Lessa 16/03/2019 - 07:05

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) não quer mais uma "aparente maioria” na câmara de vereadores. Quer uma bancada “fechada”, que ele possa contar com os votos sempre que precisar.
O “susto” com a votação de segunda-feira foi a gota d’água. E começou operação pelo seu partido.
Nessa sexta-feira, o vereador Alisson Pires (PSDB) teve que pedir licença de quatro meses, sem garantia de retorno.
Na segunda-feira, Alisson se absteve de votar que pretendia isenção da Cosip para condomínios. Salvaro havia pedido voto contra. O projeto foi rejeitado por apenas um voto (8 a 7).
No dia seguinte, o prefeito fez uma reunião tensa com a bancada, enquadrou os vereadores, e decidiu pelo afastamento de Alisson (que é suplente e estava no exercício do mandato).
Deu até sexta-feira para Alisson encaminhar pedido de licença.
Como o pedido não havia sido provocado até 17h de sexta-feira, o pedido assinou a exoneração de dois secretários que são vereadores (Arleu da Silveira e Roseli de Luca), para que voltassem imediatamente à câmara, ocupando a cadeira de Alisson (e do outro suplente, Marcos Meller).
Minutos depois que o comunicado de retorno dos dois foi protocolado na câmara, Alisson deu entrada do seu pedido de licença. E Salvaro cancelou as demissões.
O outro vereador “visado" é Dailto Feuser (PSDB), que votou a favor do projeto da Cosip.
Como ele é vereador efetivo, o tratamento é diferente.
Salvaro repetiu: “a porta do partido que foi aberta para o vereador Julio Kaminski pode ser aberta para mais um”. E arrematou: "em 2020, só será candidato a vereador no PSDB quem for alinhado com o prefeito”.
A situação de Feuser pode ser definida, e ele considerado “fora da bancada”, numa votação prevista para os próximos dias. A respeito de outro projeto do vereador Zairo Casagrande, que pretende isenção no pagamento de passagens de ônibus. Salvaro já está pedindo que “seus" vereadores votem contra. Mas Feuser tem compromisso com Zairo de votar a favor.

O retorno

Quem vai assumir na vaga de Alisson Pires na Câmara de Criciúma é o ex-vereador Edson Aurélio (PSDB), hoje suplente.
O também suplente Marcos Meller (PSDB) continua na Câmara.

As posses

Duas posses estão previstas para a próxima semana no Paço Municipal.
Na quinta-feira, 17h, Julio Lopes na presidência da Fundação de Cultura.
Nessa sexta-feira, Julio fez reunião com o Conselho Municipal de Cultura e recebeu sugestões e reivindicações. Hoje vai se reunir com entidades do setor.
A outra posse, sem data confirmada ainda, será do empresário Claiton Galdino na diretoria de Inovação e Tecnologia.

Convidado especial

O ex-secretário da Fazenda, Robson Gotuzzo, titular da pasta no primeiro ano do governo de Salvaro, acompanhou o prefeito nessa sexta-feira em reuniões com representantes de comunidades, na prefeitura.
Gotuzzo estava com o vice-prefeito Ricardo Fabris quando foi convidado por Salvaro para participar das reuniões e aceitou.
Gotuzzo está filiado no PSD e vai presidir o instituto de estudos do partido.

Nomeado

O ex-deputado estadual Dóia Guglielmi (PSDB), que não conseguiu se eleger em 2018, foi nomeado para o cargo comissionado de secretário parlamentar na Assembleia Legislativa.
Pelo ato de nomeação, vai cumprir “atividade parlamentar externa”.

Chapa pura

O ex-deputado Jorge Boeira (PP) confirma disposição de disputar a prefeitura de Criciúma em 2020.
Só depende de uma definição clara do projeto político do partido no Estado.
O prazo que se deu para “bater o martelo” sobre a candidatura é final de agosto.
Se for para a disputa, admite compor chapa pura.
Nessa sexta-feira, ele almoçou em Criciúma com Dalvania Cardoso, que será candidata a prefeita em Içara.

Vitória no TSE

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nessa sexta-feira dar provimento ao recurso que elimina em definitivo a ameaça contra o mandato do deputado federal Ricardo Guidi (PSD).
O recurso foi protocolado contra decisão do TRE que, atendendo a um pedido do PT catarinense, validou votos de uma das suas candidatas a deputada federal, que teve candidatura indeferida.
Com a decisão, o PT teve mais votos que o PSD e passou a ter direito a mais uma cadeira na representação federal catarinense. Pelo cálculo dos votos de legenda, o PSD perderia a vaga de Ricardo Guidi. E o PT ganharia uma cadeira para a ex-deputada Ana Paula Lima.
Num primeiro momento, foi protocolado o pedido de liminar para sustar os efeitos da decisão, o que foi atendido de pronto pelo TSE, permitindo diplomação e posse de Guidi.
Nessa sexta-feira, o TSE fez julgamento de mérito e deu provimento ao recurso especial, confirmando em definitivo o indeferimento da candidata do PT, e não validando os seus votos.

Nas comissões

Ainda sobre Guidi, o deputado garantiu espaço em três importantes comissões da Câmara: Constituição e Justiça, Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a comissão de Turismo. Entre as metas que o deputado pontua, o combate à burocracia. Na luta pelas pessoas com deficiência, Guidi lembra dos tempos da Alesc, quando presidiu comissão com o mesmo foco. Ele quer assumir o papel de referência catarinense na Câmara para essa área como bandeira do mandato.

Otimistas

O expediente de levar grandes comitivas para registrar reivindicações segue atual, mesmo nesses tempos de outros moldes do governo Carlos Moisés. Foi para isso que o prefeito de Forquilhinha apelou nessa sexta-feira. Dimas Kammer contou com seus colegas Arlindo Rocha e Rogério Frigo, de Maracajá e Nova Veneza, mais vice-prefeitos, vereadores, secretários e bastante gente para conversar com o secretário Carlos Hassler, da Infraestrutura. O pedido: a conclusão da Jacob Westrup. São mais de R$ 12 milhões. Secretário prometeu “analisar com carinho”.

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