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O necessário grito da planície

Confira o editorial desta sexta-feira (9)

Por Adelor Lessa 09/12/2022 - 08:33 Atualizado em 09/12/2022 - 08:41

Estão falando muito no estouro do teto de gastos do Governo Federal, que já estourou nos últimos quatro anos, e vai estourar de novo porque tem buraco nas contas públicas e tem que cumprir compromissos de campanha que os dois candidatos finalistas assumiram.

Estão falando na reforma administrativa do futuro governo de Santa Catarina, que vai aumentar o número de cargos.

Estão falando de como fazer para aumentar a receita do Estado, aumentando a mordida em quem produz.

Estão falando como os governos eleitos, no estado e no país, vão fazer para aumentar a base parlamentar de apoio.

Estão falando em obras e novas licitações.

Estão falando em nomes, e mais nomes.
Aqui no estado, e lá em Brasília. 

Mas não estão falando, nada de objetivo pelo menos, sobre o que fazer para derrubar a fila de pessoas que sofrem na fila esperando pelo chamado para fazer cirurgia pelo SUS.

E nada acontece.
Não há reação.

Os eleitos para representar o cidadão que está na fila, estão ocupados com outras pautas.
Via de regra, em ocupação de cargos, e mapeamento da máquina.

E o cidadão eleitor sofrendo na fila.
Alguns, fazem quatro anos, outros cinco anos, muitos fazem três anos.
Estamos falando de um exército de mais de cinco mil pessoas, só aqui.

O que acontece é que falta sintonia entre o mundo real e o mundo dos políticos.

O mundo real clama por solução para a fila das cirurgias para pacientes do SUS.

O mundo dos políticos está focado, e ocupado, pelas disputas por espaço, e poder.

O atual Governo de Santa Catarina se vangloria por ter ajustado e saneado as contas públicas, garante que vai deixar o cofre cheio, distribuiu pix a torto e a direito, mas não resolveu o problema da fila das cirurgias eletivas.
Ficou quatro anos no poder, prometeu resolver, até anunciou solução, mas não resolveu, nada mudou. 
A fila só aumentou!

O novo governo fala em planos, projetos, promessas, mas até agora nenhuma perspectiva de solução para a fila das cirurgias.

É o primeiro grande nó que precisa ser desatado pelo novo governo, que vai assumir em praticamente 15 dias, mas até agora nada. 

E deve continuar assim se não tiver grito aqui de baixo, da planície.
É preciso sacudir os políticos eleitos representantes dos eleitores do sul, inclusive os que estão sofrendo na fila.

Cobrando deles a solução para as filas.
De todos eles.

Pelo Face, pelo Insta, por Whatsapp, por mensagem de áudio, na rua, na reunião, no bar, onde eles estiverem.
Só assim para conectá-los com o mundo real, e colocá-los na luta pela solução da fila quilométrica das cirurgias pelo SUS.

Ouça o editorial completo:

 

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