Assisti um filme, espanhol, que está na Netflix, e recomendo: "Não posso viver sem você".
Não tem nada de especial, pode parecer até meio bobinho, é uma comedia, mas deixa uma provocação.
Conta o caso de um homem que vive ao celular.
Ele acorda e o primeiro contato é com o celular, toma cafe com olho na tela do celular, vai para o trabalho falando ao celular ou lendo mensagem.
Passa o dia inteiro asssim, e continua quando chega em casa.
Quando vai para cama, e antes de dormir, a última coisa que faz é uma passada final na tela do celular.
Ele virou viciado em celular, e pagou por isso. Pagou caro.
Mas, não só ele.
O filme mostra que no elevador, no bar, no restaurante, na fila do ônibus, no aeroporto, na sala de espera do consultorio, na fila do caixa do supermercado, na praça, no parque, todo mundo está no celular.
As pessoas não conversam mais olho no olho, ou conversam pouco.
Não tem uma conversa de minutos, sem dividir o tempo com celular.
Dão mais atenção a quem liga no celular, ou passa mensagem, do que aquele que está à sua frente.
Tem coisa mais desagradável do que você se deslocar de onde está para conversar com alguém, e a outra pessoa ficar com olho no celular, nem te encara, e no meio da conversa, atende uma ligação, ou algumas, e te deixa lá com cara de tacho ?
Quantas vezes você observa em restaurantes que pais e filhos não conversam, nem marido e mulher, e comem sem nem perceber o que estão comendo, principalmente o quanto estão comendo, porque estão direto no celular, lendo ou teclando?
E o mundo vai passando.
E as relações vão sendo relativizadas, reduzidas, fragilizadas.
Celular é para usar qdo necessário, é para ser útil, é para facilitar as coisas.
Mas não pode fazer dependente.
Não pode virar vicio!
Abaixo, o comentário feito na rádio Som Maior: