A obra de macrodrenagem no bairro Pio Corrêa, área central de Criciúma, é uma das grandes obras que estão sendo realizadas na cidade.
A obra pode parar durante o mês de setembro.
O Governo do Estado não fez o repasse de agosto.
O ritmo da obra já foi reduzido.
A empresa que está fazendo a obra já comunicou à prefeitura que se o pagamento não sair nos próximos dias, não terá como suportar, vai parar.
A situação foi levantada na segunda-feira, mas o Governo do Estado anunciou, por nota, que estava tudo certo, e que o pagamento estava sendo feito naquele dia.
Hoje é sexta-feira, a semana está terminando, entramos no mês de setembro, e até agora o pagamento não foi feito.
Trata-se de uma obra com recursos 100% do Governo do Estado.
Foi a primeira ou uma das primeiras obras contratadas do plano mil.
O Governo liberou as primeiras duas parcelas do contrato, a obra iniciou, mas trancou na liberação da terceira parcela.
A informação oficial do Governo é que os repasses são efetuados de acordo com as medições enviadas.
Medições do que é feito da obra.
A empresa informa o que fez da obra, e o governo libera o pagamento, em nova parcela do contrato.
A empresa fez isso em julho. Encaminhou as medições.
Era para o pagamento da nova parcela ser liberado no início de agosto. E até agora, nada.
A informação não oficial é que o plano mil foi lançado pela Secretaria da Fazenda, que encaminhou o contato com a Prefeitura de Criciúma.
Mas, na hora de fazer os pagamentos, o governo concluiu que precisava ter fiscalização na obra, parecer de engenheiros e técnicos para, provavelmente, confirmar as medições.
Agora, para liberar a terceira parcela, passou a ser necessária a fiscalização.
A Secretaria da Fazenda não tem estrutura de fiscalização. Não tem engenheiros, nem técnicos da área.
A Secretaria de Infraestrutura não tem técnicos disponíveis para a função. O quadro da secretaria é reduzido.
E aí, trancou.
Quando o Governo do Estado fez o fundão, governo passado, contratou o BRDE para acompanhar a prestação de contas e fazer a fiscalização.
O que é fato é que trancou, e ainda não foi resolvido. E a obra pode parar.
Já teve ritmo reduzido. A obra hoje está em ritmo lento. Quase parando.
O prefeito Salvaro está tentando marcar audiências no Governo do Estado para tentar resolver o impasse.
Em princípio, está aí um problema de gestão.
Mas, há especulação sobre conteúdo político no processo.
Será?
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