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Observatório Social deve fiscalizar contas da Prefeitura também

Observatório faz bem em levantar dados na Câmara, mas deve olhar para o Executivo também

Por Adelor Lessa 21/09/2020 - 06:38 Atualizado em 21/09/2020 - 07:35

Observatório social de Criciúma anunciou que os gastos com pessoal continuam aumentando na Câmara de Vereadores.

Horas extras, diárias, passagens, vantagens pessoais e diferença de salário são alguns dos itens que encarecem a folha de servidores na Câmara.

O relatório produzido pelo Observatório Social de Criciúma faz referência ao ano de 2019 e possui os comparativos com os anos de 2017 e 2018. 

A folha de pagamento continua sendo o gasto que mais onera, já que dos quase r$ 16 milhões totais, mais de r$ 13,5 milhões vem da folha de pagamento.

Os salários dos servidores efetivos chamam a atenção, com servidor ganhando mais de r$ 21 mil reais devido ao acúmulo de funções e horas extras.

Então, se tem funcionário da Câmara com salário acima de r$ 21 mil, está ganhando mais que o prefeito da cidade.

A rigor, algo que não poderia estar acontecendo.
Maior salário deve ser da mais alta função na gestão publica da cidade.

Ao mostrar isso, o Observatório atende a regra da transparência das contas públicas.
E faz bem ao contar isso para os pagadores de impostos / e eleitores.
Ainda mais numa época de vacas magras nas finanças da gestão publica, quando mais do que nunca enxugamento das contas é obrigação.
Isso tem que continuar.

Mas, também precisa ser dito que a Camara é responsável pelo uso de 5% da receita do município.

Os outros 95% ficam no executivo, na prefeitura.
E como estão sendo usados?

O Observatório Social não é observatório apenas das contas da Câmara.
É observatório das contas publicas.

E será que na prefeitura não tem disso?

Não tem servidor ganhando salário mais gordo que o normal, e do que legal, devido ao acumulo de funções e horas extras, por exemplo?

Se não tem, que diga que não tem.

E os contratos firmados, e as licitações ?

Ministério Público acaba de denunciar ilicitudes nos contratos da iluminação pública e contratações irregulares.

O Observatório não pegou nada disso ?
Por quê?        

Pau que bate em Chico, deve bater em Francisco.

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