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Os efeitos da baixa vacinação estão aí

Editorial de 11/07/22

Por Adelor Lessa 11/07/2022 - 07:18 Atualizado em 11/07/2022 - 07:45

Foi mais um fim de semana de angústia, correria e sufoco em Criciúma.

No Hospital Infantil Santa Catarina lotado, crianças esperando por atendimento.
Criciúma vive uma situação especial, definida como a mais grave do Estado, com uma onda de internações por problemas respiratórios graves.

O prefeito Salvaro levou o governador Moisés ao hospital ontem a tarde. Autoridades da Secretaria de Saúde do Estado estiveram no hospital.

Está saltando aos olhos a necessidade de investimentos mais expressivos na área.
A estrutura de hoje não atende à demanda. O Hospital Infantil Santa Catarina não. 

Mas tem um outro dado a ser considerado. Consta em nota oficial divulgada no fim de semana pela Secretaria de Estado da Saúde:

“A situação enfrentada pelas unidades hospitalares públicas e privadas, que levou inclusive o Estado a decretar situação de emergência no início do mês de junho, é reflexo da baixa cobertura vacinal de diferentes enfermidades, em especial da gripe (Influenza) e da Covid-19. 

Neste momento sazonal, as doenças respiratórias são as que mais têm atingido crianças e idosos, os mais vulneráveis”.

Baixa cobertura vacinal.

Os pais não estas levando as crianças para vacinar. Os adultos, e idosos, não estão vacinando contra a gripe. Os adultos não estão tomando as últimas vacinas da Covid.

E isso gera consequências. Que estão aí.

Então, podemos estar diante de um problema estrutural, que exige investimentos para mais leitos, mais equipamentos e mais profissionais. Mas também estamos pagando a conta da campanha irracional feita contra vacina. E de questionamentos à ciência.

Por motivações políticas e ideológicas, e por muito fake news, atacaram as vacinas. Procuraram descredenciar a ciência. Atacaram cientistas, estudos sérios, e diminuíram o trabalho de profissionais que entregam a vida para salvar pessoas.

A conta está ai.

Os números apontam que 20% das crianças vacinaram no Estado. Por aqui o percentual está na mesma faixa.

Sem vacina, baixa a imunidade, reduz a capa de proteção, vem as enfermidades. E uma busca a outra.

E sem vacina, o que pode ser um problema simples, que resolve rápido, vira um problema grave, crônico, que requer internação e até UTI.

Atentem para o risco por ficar dando ouvidos para alguns, sem embasamento nenhum, que ficam questionando o que foi consagrado por anos e anos de pesquisas, e estudos, e grandes investimentos.

Enfim, tudo isso que está aí, hospital lotado, corredores lotados, falta de leitos e de UTI, também é desdobramento da campanha sistemática, sem nenhuma base, feita contra as vacinas.

Ouça o editorial completo:

Leia mais:

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