Até as pedrinhas de petit pave do parque Centenário sabem que Arleu da Silveira é o braço direito do prefeito Clesio Salvaro. Por isso, a saída do governo não representa demissão ou descarte.
Acontece que o prefeito está no terceiro ano de mandato e não consegue ter uma base solida/segura na câmara.
Tem maioria suficiente para aprovar algumas matérias, mas tem que engolir derrotas quando não espera, como foi o caso da semana, quando teve apenas três votos. O próprio líder do governo, Aldinei Poteleck, votou contra.
Como o ambiente político tende a ficar mais pesado daqui a em diante, por causa da eleição de 2020, e isso vai repercutir na câmara, o prefeito decidiu fazer a operação para reforçar a base de apoio e ter mais um articulador afinadíssimo com ele e com o governo.
Arleu da Silveira foi campeão de votos na eleição de 2016 (3.431 votos), mas nem chegou a assumir na câmara. Vai estrear neste mandato na segunda-feira.
Em condições normais, essa mudança seria feita no final de marco, no prazo de desincompatibilização.
Mas, as circunstâncias adversas determinaram que fosse antecipada.
Tomada a decisão de deslocar Arleu para a câmara, o prefeito optou por um novo secretário de governo com perfil técnico, reconhecidamente competente, sem carreira política. Vagner Espíndola, o Vaguinho, é da sua confiança, é o homem dos grandes projetos, operações com bancos e relações com os governos federal e do estado.
Vaguinho foi da equipe de governo do primeiro mandato de Salvaro.
Foi uma mudança apenas, mas na posição mais estratégica do governo.
Quem sai
Com a ida de Arleu para a câmara, Alisson Pires volta à condição de suplente.
A propósito, não é por isso, mas ele deve sair do PSDB nos próximos dias.