O governador Carlos Moisés anunciou as medidas para flexibilização das medidas de isolamento por causa do coronavírus com a represa quase estourando.
Se ele não fizesse isso, seria atropelado.
O relaxamento das regras viria como insubordinação.
Empresários, de todos os ramos, estamos pressionando muito. E de várias formas.
Luciano Hang, dono da Havan, chegou a anunciar 10 mil demissões na segunda-feira. E não foi ameaça isolada.
Então, Moisés de novo saiu na frente, se adiantou na flexibilização, estabeleceu regras esticando o prazo até quarta-feira, e passou de novo a liderar o processo.
Mas, a sua decisão passou longe do consenso.
Ele foi apoiado por uma parte, e bomberdeado por outra.
Ouvi hoje ao vivo na Som Maior a médica Margareth Dalcomo, pneumologista, uma das maiores autoridades do país no assunto, e ela condenou de forma veemente o relaxameeto do isolamento.
O médico Renato Matos, também.
Reebi de muitos a entrevista do prefeito de Milão, dada ontem, quando ele assume que foi um erro relaxar nas regras do isolamento, cedendo a pressão, e as campanhas, do setor produtivo.
Então, Moisés acertou de novo em decidir o que evitou que ele fosse atropelado e manteve a sua autoridade.
Só que o resultado real disso, virá com o tempo.
E o risco de prejuizo, e desgaste, é real/verdadeiro.