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Por que não se unir para o bem?

O sucesso de 10 anos da campanha Superação traz reflexões

Por Adelor Lessa 20/07/2022 - 07:29 Atualizado em 20/07/2022 - 10:09

Estava reunido com diretores dos supermercados e do Bairro da Juventude, tratando da campanha Superação, próximos passos, ajustes, novas iniciativas.

E fiquei pensando...

Por que outros segmentos do setor produtivo não repetem o modelo e se unem em torno de outras entidades e instituições que precisam de recursos para seguir na missão?

Na campanha Superação, quatro redes de supermercados, Bistek, Giassi, Angeloni e Manenti pilotam o projeto.

As redes trazem fornecedores ao projeto, o que permite a identificação de determinados produtos por preços promocionais durante o mês, e parte da receita com venda destes produtos durante aquele mês vai pro caixa do Bairro.

Cada mês um fornecedor é parceiro, uma indústria. E assim funciona como um relógio suíço faz 10 anos.

O Bairro já recebeu em torno de 10 milhões de reais no período. Dinheiro que é bem aplicado nos inúmeros projetos que o Bairro desenvolve, além da educação básica para 1.600 alunos, crianças e jovens carentes da cidade.

Mas o projeto nasceu e se mantêm por causa da postura das redes de supermercados, do desprendimento. Estas redes de supermercados tem disputa direta de mercado. Disputam o cliente todo o tempo.

Mesmo assim eles sentaram para criar o modelo da campanha, modelo único, e fazer acontecer. E de lá pra cá, faz 10 anos, se reunem pelo menos duas vezes por mês.

E sentam à mesa os donos da redes, ou diretores, integrantes do alto comando/ primeiro escalão. E sempre numa relação cordial, fraterna, respeitosa, tratando de pauta única: Campanha Superação, Bairro da Juventude.

Uma postura de elevado espirito público e forte sensibilidade social, compromisso com o mundo externo. 

Não conheço outro caso do tipo no estado. Não sei se existe em outro lugar no país. Mas acontece aqui, e faz 10 anos.
É um case de sucesso, que ajuda a manter o Bairro.

Manfredo Gouveia, do grupo Elizabeth, costuma dizer: Se tivéssemos Bairros da Juventude em cada cidade, pelo Brasil afora, as mazelas sociais do país seriam atenuadas.

Mas, de novo - Por que outros segmentos do setor produtivo não repetem o modelo?

Não tem que ter todos do segmento, mas alguns, como é o caso da Superação. São quatro redes.

Por que não?

Ouça o editorial completo:

 

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