O enredo é para um bom filme de suspense, com conteúdo recheado de artimanhas e traições.
Em linhas gerais, um candidato a prefeito, na reta final para oficialização da candidatura, é destituído da presidência da executiva, informado por um ofício em papel não timbrado, numa operação que tem a digital do sobrinho.
Tudo isso está acontecendo no Arroio do Silva.
Jairo Borges, empresário tradicional, é o candidato a prefeito do PP.
Ele era também o presidente do partido, mas foi surpreendido hoje por oficio assinado pelo secretário da executiva municipal, comunicando que ele está destuído do cargo, e que a vice-presidente, Denisa dos Santos, é quem passa a representar o partido.
Ofício simples, papel branco, poucas linhas.
Decisão encaminhada 48 horas depois de Jairo ter anunciado que não faria coligação com determinados partidos.
Jairo foi destituído da presidência sem ter sido sequer ouvido, sem ter direito à qualquer manifestação. Destituição sumária.
O "arquiteto" da operação seria o sobrinho, Fernando Borges.
Ele estava lotado no gabinete do deputado José Milton Scheffer, na Assembléia, até poucos dias, e se desincompatibilizou em tempo de ficar em condições de disputar a eleição.
Fernando defende aliança do PP com o PSL, que tem como candidato o ex-prefeito Evandro Scaine, adversário até então do PP.
Denise é da sua relação pessoal e politica.
Com o PP sob seu comando, Fernando encaminha aliança com o PSL e emplacar como vice de Scaine.
Tenta repetir dupla que já comandou a prefeitura em tempos atrás. Já tem reunião marcada para sexta-feira para tratar disso.
Não é material para um bom filme?!
O outro lado
Fernando Borges, em contato com blog, garantiu que não participou da operação para destituição de Jairo da presidência do partido, que não conversou com Evandro Scaine e que não será candidato neste ano.
Mas, emendou:
"O probelma é que o Jairo não atende ninguém, não responde, e agora vai ter que arcar com as conseqüências".