Voltar ao trabalho, retomar as atividades, é o que todo mundo quer. Ninguém gosta de ficar em quarentena, parado, trancafiado, isolado.
A marca do povo do sul é o trabalho.
Mas, é preciso que sejam criadas as condições para a volta.
Diante das circunstâncias, não pode simplesmente mandar voltar, sem garantias, sem proteção.
Será mais ou menos como colocar o soldado na guerra, sem colete, sem arma, de pés descalços.
Hoje, não há garantias efetivas de reromada das atividades com apoio para compensar as perdas, ou para ter um tempo de se recompor.
A Assembléia Legislativa aprovou uma série de medidas para apoio as empresas neste momento de crise, começamdo pela a postergação de pagamento de ICMS, e outros tributos e taxas. Mas, o governador Moisés anunciou que vai vetar tudo o que foi aprovado.
Por quê? Porque o Governador disse que isso vai afetar a arrecadação do estado.
Ou seja, o governador está preocupado com o caixa do estado, não com a saúde das empresas.
Pelo mesmo motivo, o governo do estado anunciou a suspensão dos pagamentos das bolsas dos artigos 170 e 171. Mais de 30 mil alunos atingidos, que vão ter que virar com os "boletos".
As linhas de crédito anunciadas pelo governo federal para apoio às empresas ainda estão só no anúncio. Não chegaram nas agências as normativas e liberações para operação.
Ouví de um opereador do sistema bancário que podem chegar hoje, ou na segunda feira. Mas, a saber em que condições, quantas e quais exigências.
A linha de crédito especial para pagamento da folha de salários das empresas, nada ainda. Talvez semana que vem. Já não vai dar para usar no pagamento da folha de março.
É numa situação como a que vivemos que se faz necessária a mão do poder público. Para dar apoio, retaguarda, e proteção.
Ninguém parou por vontade própria. Não se trata de uma greve. Todo mundo parou por ordem superior.
Para voltar, não se pode sair desesperado, de forma atabalhoada, de perito aberto, sem garantias para se recompor.