O afastamento do cargo do prefeito de Urussanga, Gustavo Cancelier, PP, completa hoje 152 dias, e não há perspectiva de retorno.
Os seus advogados protocolaram habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguardam julgamento, sem previsão.
A partir de especulações sobre a possibilidade de nova eleição na cidade se o afastamento passar de 180 dias, buscamos o parecer do advogado e desembargador Jorge Maurique, que descartou de pronto.
"Não existe isso. Ele pode ficar afastado sem prazo que não há nova eleição. Enquanto o afastamento for cautelar, isto é, uma medida liminar e por isso provisório, não há porque de nova eleição", acrescentou.
O prefeito foi afastado do cargo no dia 20 de maio por decisão do Tribunal Regional Federal, atendendo pedido do Ministério Público e da Polícia Federal por causa de desvios na gestão da prefeitura de Urussanga que estavam sendo investigadas.
A Polícia Federal já concluiu o inquérito com o indiciamento do prefeito e ele continua afastado do cargo.
Os seus advogados recorreram com pedido que ele retornasse ao cargo, mas o Ministério Público se posiconou contra e o TRF ainda não decidiu.
Pela indefinição, os advogados decidiram recorrer ao STJ.