Aumenta a pressão sobre o governador Carlos Moisés pela revogacão de atos que restringem atividades no estado. Ao mesmo tempo, começam a surgir casos de autoridades que desrespeitam os decretos e liberam o que o Estado proibiu.
Ontem, em Chapecó, à noite, aconteceu ato semelhante ao que aconteceu pela manhã em Criciúma.
Donos de bares e restaurantes, principalmente, indignados, se reuniram para encaminhar providências.
De acordo com o jornalista Marcelo Lula, eles decidiram fazer uma manifestação na segunda-feira, em passeata, 16h, no centro de Chapecó.
Eles querem que o Governador repasse poder aos prefeitos para deliberar, de acordo com a realidade de cada municipio, a respeito da possibilidade de funcionamento de determinados estabelecimentos, como fez o governador do Rio Grande do Sul.
A idéia dos empresários do oeste é levar a proposta para outras regiões, para firmar um movimento estadual.
Sul e oeste disparam movimentos semelhantes para pressionar o Governador.
Enquanto isso, prefeitos começam a desrespeitar os decretos sobre isolamento e proibição de atividades.
Em Itapema, o prefeito liberou funcionamento de restaurantes e academias de ginástica, e circulação nas praias.
Em Balneário Camboriu, o prefeito também liberou o aesso às praias. O Ministério Público tentou derrubar e a justiça da comarca negou o pedido. Manteve decreto do prefeito.
São movimentos novos que refletem o ambiente de tensão.
Os prefeitos, deputados e empresários continuam reclamando que o Governador e o governo não atendem ligações, não respondem mensagem e não recebem em audiência.
A deputada federal Geovania de Sá disse ontem na reunião de Criciúma que, cansada de tanto ligar e não ser atendida, mandou por e-mail para o Governador para pedir uma audiência. Recebeu horas depois a resposta, também por e-mail. Assessoria do Governador informou que ele não está fazendo audiências.
Ontem à noite, o governador Moisés assinou decreto declarando de calamidade pública em todo o estado.
Artigo segundo do decreto estabelece:
"Enquanto perdurar o estado de calamidade pública, tornam-sem obrigatorias as medidas de combate e enfrentamento à pademia da COVID 19 previstas neste decreto".
Texto do artigo sétimo:
"Nas hipóteses em quer houver recusa à realização dos procedimentos estabelecidos neste decreto, os orgãos competentes poderão solicitar a adoção de medidas judiciais cabíveis".
O decreto inclui todas as medidas restritivas adotadas anteriormente e que estão vigentes.
Em suma, o governo endurece ainda mais em relação ao cumprimento das medidas.
Os próximos dias tendem a ser tensos, porque vai aumentar a pressão sobre o governo, de comerciantes de shoppings e centros comerciais, bares e restaurantes e academias, e empresas de ônibus, com risco iminente de uma onda de "desobediência civil".
O que vai acontecer, dependerá de como o governo vai administrar a situação. Como será o seu movimento de reação.