Abre na próxima semana a tal “janela de transferência”. Projetos eleitorais de vários políticos dependem dela. Com a permissão da lei, políticos com mandato que vão disputar a eleição de outubro podem trocar de partido sem o risco de enquadramento na lei da “infidelidade”.
Na câmara de Criciúma pelo menos cinco dos 17 vereadores já estão com “passaporte carimbado”. Outros cinco, ainda avaliam possibilidades, e sete vereadores não tem projeto de mudança de endereço.
Entre os cinco que vão mudar de partido, um já está candidato a prefeito. Julio Kaminski. Ele vai sair do PSDB para o PSL. Edson Paiol, hoje no PP, deve acompanhá-lo. Pastor Jair, no PSC, está apalavrado com o PSD. Zairo Casagrande, saindo do PSD, deve migrar para o PDT.
Julio Colombo, ainda no PSB, estava até pouco tempo entre o PSDB e o PSD. Até que a nora, Julia Zanatta, se firmou candidata a prefeita pelo PL, representando os bolsonaristas. E ele pode acompanhá-la.
No MDB, o vereador Ademir Honorato, que já era considerado “carta fora”, pode ficar e disputar a reeleição. Mas, ainda pode sair. De outro lado, os vereadores Tita Beloli e Toninho da Imbralit, tem futuro indefinido. Os dois são aliados de Salvaro e podem seguir para o PSDB ou um dos partidos aliados do prefeito. Há conversações em andamento. Ontem, inclusive.
No PSDB, o vereador Dailto Feuser já esteve mais distante do governo, e reaproximou. Ele tem convites, no entanto, e também é incluído na coluna dos “indefinidos”.
Único integrante da atual legislatura que não deverá disputar eleição é Camila do Nascimento, do PSD.
Se todos os indefinidos optarem pela mudança de partido, será praticamente 2/3 do plenário. A maior “dança das cadeiras” na câmara de Criciúma. Efeito das circunstâncias locais de momento, mas também do novo ambiente politico no país e da fragilidade dos partidos.