O governador Carlos Moisés (Republicanos) praticou o gesto e foi agora a tarde na sede do MDB, em Florianópolis, para dar passo adiante nas negociações para aliança em torno da sua candidatura à reeleição.
Para consumo externo, Moisés agradeceu ao presidente em exercício do MDB catarinense, ex-deputado Edinho Bez.
Disse que agora aguardará os indicados do MDB para vice-governador e senador na sua chapa, que serão aprovados na convenção estadual do partido, marcada para o dia 23 de março.
Nos bastidores, deixou claro que não quer o nome do ex-prefeito Antidio Lunelli para vice, que foi indicado pela executiva do MDB e confirmado pelo diretório estadual, na reunião de ontem à tarde.
Moisés disse isso para o prórpio Antidio.
Argumentou que pelas criticas que o ex-prefeito fez ao seu governo, os dois teriam que passar boa parte da campanha dando explicações.
Moisés quer que o MDB indique o presidente da Assembléia, deputado Moacir Sopelsa, para ser o seu vice.
Mas, Antídio não pretende sair da frente.
Ele repetiu hoje na rádio Som Maior hoje que se o Governador realmente "vetar" o seu nome, vai confirma candidatura ao governo e disputar a convenção.
No MDB, há restrições. O ex-governador Eduardo Moreira, por exemplo, é contra a indicação de Antidio, diz que as bases do partido não aprovam o seu nome, e defende Sopelsa para vice.
Eduardo também aprova a idéia de o MDB abrir mão da vaga ao senado, para Moisés conseguir atrair o PSDB para a aliança.
As opções de Amin
No PP, o senador Esperidião Amin sustenta que a aliança encaminhada pelo governador Moisés é o projeto do MDB. "Quem quiser ir, pode ir. Mas, eu não estarei lá. Não contem comigo", disse.
Amin está trabalhando com duas possibilidades. A sua candidatura ao governo ou compor com o senador Jorginho Mello (PL).
Perguntado se ele, e o PP, consideram então indicar o vice de Jorginho, retrucou: "e por que não o Jorginho indicar o nosso vice?".
O senador do PP deu a entender que o assunto será definido na convenção, marcada para o dia 23 de julho.
O vice do PSB
O fato novo nas conversações para montagem de alianças é a volta ao processo do advogado Rodrigo Bornholdt (PSB), ex-vice-prefeito de Joinville.
Rodrigo chegou a estar cotado como alternatva do PSB para vice-governador na Frente de Esquerda, ano passado, antes da filiação do senador Dario Berger ao partido.
Quando Dário se filiou, passou a ser naturalmente candidato a governador, e Rodrigo retirou seu nome. Passou a acompanhar as articulações, apoiar na medida do psosível, mas de longe.
Agora que a candidatura de Dário como governador está inviabilizada na Frente de Esquerda, Rodrigo volta ao jogo.
Ele divulgou um manifesto defendendo a unidade da Frente e que a chapa seja definida pelos partidos da aliança.
Hoje, na radio Som Maior, ele disse que está colocando de novo o seu nome a disposição, especialmente para a possibilidade de ser candidato a vice-governador.
No PSB um grupo já defende que o partido indique o vice de Décio Lima (PT), confirmando unidade na Frente.
Neste caso, Dário Berger não deve ser candidato a nada, entrando de cabeça na eleição do seu irmão, Djalma Berger, a deputado federal.