O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) ainda não bateu o martelo sobre a candidatura ao Governo do Estado por uma razão: ele pediu até domingo à noite para encaminhar conversas em Criciúma. Não há questões pendentes com o partido, as direções estadual e nacional dos tucanos estão de acordo em fechar a chapa, mesmo que seja com um candidato a governador bolsonarista, no caso de João Rodrigues (PSD).
Mas não está aí o problema. O nó que falta desatar está em casa. Ele tem reações e oposições em casa, principalmente da sua esposa, Adriana, e de seu pai, Armelindo, que reagem à ideia de ele deixar a prefeitura para concorrer a vice-governador. Esse prazo até domingo é para ele ajustar as questões em casa. Falta efetivamente completar, concluir a conversa em casa. Político tem voo próprio, manda no seu nariz, mas um político como Salvaro não encaminhará um projeto, mesmo esse com reais perspectivas de sucesso, se tiver oposição em casa da sua mulher, leal e sempre presente, nas boas e nas ruins, e seu pai, sempre junto com Clésio. Essa questão familiar é o que falta para o Clésio resolver.
Na reunião em Chapecó ficou evidente que, se dependesse só da sua vontade, tudo certo, ele concorre. Qualquer político trabalha com perspectiva de avanço. Um prefeito de uma cidade como Criciúma em ser governador. E o Clésio, cauteloso e vencedor, não colocará a cabeça de fora se não tiver perspectiva. O Clésio fez o contrário, ele é o principal ativo do PSDB em Santa Catarina, mas ele não daria salto no escuro. Ficou quieto, aguardando. Até o fim do ano havia um pré-candidato no PSDB, Gelson Merisio. Depois, outros movimentos surgiram, até tentaram levar o governador Carlos Moisés para o PSDB. Ele é do Sul, uma chapa Moisés e Clésio é sulista, não daria certo.
Este é o nó a ser desatado no fim de semana. Clésio voltou de Chapecó com a missão de ajustar as coisas em casa. Até o início da manhã de segunda-feira tudo deverá estar decidido.
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