O coronavírus levou o prefeito Clésio Salvaro e o governador Carlos Moisés a um novo cabo de guerra.
Moisés sinaliza, mas ainda não bateu o martelo, para a volta do comércio na segunda-feira, dia 13. Decisão final sai no sábado, na coletiva do meio dia.
Quanto aos ônibus, sem chance. Já descartou a liberação.
Salvaro foi aos poucos se posicionando pela liberação dos dois segmentos. Em privado, já fazia a defesa de forma enfática desde o final de março. Ao público, se posicionou abertamente mesmo nesta semana.
Agora, ele não só está defendendo a volta, como está estimulando que os empresários movimentem os seus negócios a partir de segunda-feira, independente da posição do Governo do Estado.
Disse hoje para a proprietária de uma das empresas de ônibus da cidade - "assim como a Prefeitura está funcionando desde segunda-feira, 7, vocês também podem colocar os ônibus para circular".
E emendou: "se o Governo impedir, vão a Justiça".
Disse o mesmo para o pessoal do comércio.
Ele sustenta que o decreto que assinou determinando a quarentena expirou e não foi renovado. Não teve novo decreto. Sendo assim, teria encerrado a restrição para comércio e transporte coletivo.
O secretário chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Douglas Borba, disse hoje na Som Maior que o decreto do Governador está acima de qualquer decisão de um prefeito e terá que ser respeitado.
Mais adiante emendou - "se for preciso, serão tomadas todas as medidas para fazer cumprir o decreto do governador".
Era um recado direto ao Paço, visto que a intenção de Salvaro de liberar o ônibus já havia chegado no Governo.
O fim de semana deve ser tenso, e a segunda feira pode fazer um divisor de águas no episódio.