O prefeito Clesio Salvaro, PSDB, cumpriu o protocolo ontem, em Florianópolis. Entregou ao presidente da Casan, Valter Galina, o rol de reivindicações dos moradores de Vila Selinger e arredores como medidas compensatórias para liberação da construção da estação de tratamento de esgoto.
Ato contínuo, repetiu o que já havia dito - não vai dar licença para a obra se a comunidade não estiver de acordo.
Galina recebeu e encaminhou os pedidos à assessoria técnica para análise. Só depois vai se posicionar.
Mas, até os vigias da Casan sabem o que vai acontecer.
Os pedidos da comunidade não serão aprovados, não vai dar acordo, e a Casan vai tentar na justiça o direito de fazer da obra. Sem qualquer concessão.
O desdobramento é previsível porque o entendimento de Casan e prefeitura é que a comunidade pediu demais.
Antes disso, já estava definido na direção da Casan que seria feito recurso à justiça para garantir a obra.
A Casan se baseia no fato de já ter conseguido liminares em casos semelhantes, em outras cidades do estado.
No fim das contas, o prefeito Salvaro terá cumprido o prometido à comunidade (não deu licença para a obra) e a Casan mostrou disposição para negociação. Mas, tudo fez parte do enredo.
Mesmo que venha decisão judicial, liberando a obra “na marra”, o episódio vai gerar desgaste aos atores políticos envolvidos.
Principalmente porque a Casan até hoje não resolveu em definitivo o problema de mau cheiro na estação da Santa Luzia (continua “fedendo”) e não ofereceu segurança aos moradores da Vila Selinger que o mesmo não vai acontecer ao lado de suas casas.