Novembro de 1904.
Rebelião popular contra a vacina anti-varíola aconteceu no Rio de Janeiro.
Foi chamada de "a revolta da vacina".
Naquele momento, Rio era capital do país e o número de internações devido à varíola estava elevado, e subindo muito.
Era uma situação fora de controle.
Até que veio a vacina!
Mas surgiu um movimento de reação à vacina.
Algumas camadas da população rejeitavam.
O médico Oswaldo Cruz era o homem do governo federal para comandar a operação de combate as doenças, e ele impôs vacinação obrigatória contra a varíola.
Todos os brasileiros com mais de seis meses de idade teriam que vacinar.
Era a maneira de controlar a situação.
Mas, políticos e militares de oposição, e parte da população do Rio, se colocaram contra a vacina.
Incitavam as pessoas a enfrentar os funcionários da Saúde Pública que, protegidos pelos policiais, entravam nas casas e vacinavam as pessoas à força.
Os mais radicais pregavam a resistência à bala, alegando que o cidadão tinha o direito de preservar o próprio corpo e não aceitar aquele líquido desconhecido.
Vencido aquele tempo, Osvaldo Cruz virou personagem importante da historia do país, e são reconhecidos os relevantes serviços prestados à saúde pública.
Agora, quando é anunciado que a vacina contra o coranavírus vem por aí, talvez no primeiro trimestre de 2021, começa o debate sobre vacinação obrigatória ou não.
Mas, será que teremos que voltar à 1904?