Amanhã, sete de setembro, feriado nacional.
Lembro quando menino esperava ansiosamente o 7 de setembro pelo desfile.
A cidade parava, as famílias iam para a avenida, as pessoas se acotovelavam para acompanhar.
Bons tempos, boas lembranças.
Hoje não é mais como antes.
Mas, o 7 de setembro é uma das datas mais importantes do Brasil. É o Dia da Independência.
O ato que simboliza a independência é o grito do Ipiranga, o grito da independência feito por Dom Pedro às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo.
Ali, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como nação independente.
Mas, a história é longa.
Foi alimentada por disputas políticas na Europa e por aqui.
Bem antes do grito no Ipiranga, por uma questão política na Europa, Dom João e a corte de Portugal tiveram que vir para o Brasil, e aqui se instalaram.
inauguraram um tempo de crescimento e desenvolvimento.
Quando mudou a situação política na Europa, Dom João voltou para Portugal e deixou no comando o seu filho, Pedro.
Um tempo depois, as Cortes de Lisboa limitaram os poderes de D. Pedro e diminuíam os ganhos econômicos que o Brasil havia alcançado.
Em outras palavras, era uma tentativa de recolonizar o país.
Em resposta, ou retaliação às cortes portuguesas, Pedro reduziu impostos no Brasil e elevou os militares brasileiros ao mesmo status daqueles portugueses.
Pedro foi intimado a retornar à Portugal.
Pedro novamente desobedeceu, não retornou.
A pressão aumentou e Pedro fez o dia do fico em janeiro, e em setembro decidiu declarar a independência do país.
Isso é história.
História que tem a marca da coragem, da ousadia.
Do não ser submisso.
O 7 de setembro marcou o início de um novo período cultural e econômico para o país, que passou a ser uma nação autônoma.
Deixou de ser colônia, dependente, passou a ser um país autônomo.
O que veio depois, é responsabilidade de quem veio depois, e até hoje.
Com erros e acertos, com ganhos e perdas.
Mas, com autonomia.
O 7 de setembro deve ser comemorado, sim.
Porque é a data de nascimento do país.
E o país é de todos.
De todas as categorias, todas as forças políticas, todos os segmentos, todos os pensamentos.
Sete de setembro não tem lado.
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