A denúncia que levou ao afastamento do prefeito de Urussanga, Gustavo Cancelier, PP, foi assinada e protocolada na Polícia Federal por Julio Bonetti.
Os principais depoimentos prestados foram dos ex-vice-prefeitos Luis Henrique Martins, o Cuíca, e Décio da Silva (vice no primeiro mandato de Cancelier).
A denúncia trata de uma obra realizada no Bairro Estação, onde foram investidos recursos do Finisa (linha de crédito liberada pela Caixa Econômica Federal).
Entre os principais pontos da denúncia, está o pagamento por serviços com máquinas que não foram executados.
Chama a atenção "500 horas máquina" por serviços com um trator de esteira que nem esteve na obra.
Além disso, teriam sido identificados casos de superfaturamento.
No processo constam pericias que foram realizadas por solicitação da Polícia Federal.
A Polícia Federal encaminhou o caso à Justiça Federal, mas como o prefeito tem foro privilegiado, o seu afastamento do cargo foi decidido pelo Tribunal Regional Federal.
A operação realizada hoje pela Policia Federal, autorizada pelo Tribunal Regional Federal, tratou apenas das denúncias envolvendo a prefeitura de Urussanga.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em outras quatro cidades por causa de pessoas ou empresas que não residem ou não tem escritório em Urussanga.
O prefeito Gustavo Cancelier teve policiais federais na sua residência pouco antes das 6h.
No mesmo horário os políciais também foram na casa do seu irmão gêmeo, Silvio.
Na decisão da Justiça Federal pelo seu afastamento do cargo também estão incluídos o seu irmão e mais quatro pessoaas.
Em uma residência foram recolhidos r$ 80 mil.
O vice-prefeito Jair Nandi e o presidente da Câmara, vereador Odivaldo Bonetti, foram comunicados formalmente do afastamento do prefeito durante a manhã.
O vice-prefeito assumiu a prefeitura imediatamente.
A PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades da região pela Operação Benedetta.