Não existe doença mais perversa do que câncer. Que doença desgraçada.
Neste ano, já levou duas pessoas da minha relação, muito queridas, que eu admirava.
Primeiro, foi o David Coimbra, um amigo irmão.
Ontem, a Susana Naspolini.
Uma jornalista criciumense que virou personalidade no Rio de Janeiro.
Com quem eu tive o prazer e o privilégio de trabalhar e conviver aqui na RBS Criciúma.
Mas, ela foi adiante, ela voou.
Susana lutou contra essa praga do câncer desde os 18 anos de idade.
Foram quatro batalhas vencidas.
A quinta, não deu.
Mas, ela foi uma guerreira.
Deixou um exemplo de vida, de resistência, resiliência, e fé.
Quando Julia, sua filha, pediu orações para a mãe, desesperada, em vídeo que postou nas redes no sábado, foi emocionante de levar às lágrimas.
Emocionante pelo apelo desesperado de uma filha, e porque era o sinal que estava chegando a hora.
Julia acabara de falar com o médico e ouviu que o caso era gravíssimo.
Quando a Renata Vasconcelos, emocionada, não conseguiu dar boa noite no encerramento do Jornal Nacional, depois da homenagem para Susana, foi de levar às lágrimas.
Porque ali estava o sentimento de quem conheceu e conviveu com a Susana.
Não tem como não se emocionar na despedida.
Mas, Susana era assim.
Tudo com muita emoção.
Adorava o que fazia, e levava ao limite para melhor expressar o que era o objetivo.
Não tinha freios, nem medos.
De repente, ela apareceu na Globo do Rio trepando uma árvore.
Outro dia, apareceu descendo a ladeira num carrinho de rolimã.
Era a Susa.
Uma criciumense apaixonada.
Apaixonada pela cidade e pelo time da cidade.
É triste, muito triste, ter que aceitar que a sua caminhada terminou aos 49 anos.
Mas, ela fez muito bem enquanto esteve aqui, pra muita gente.
Nunca vamos esquecer do seu sorriso, a sua risada única.
Vai com Deus, Susa!
Muito obrigado por tudo!
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