Duodécimo, o repasse que anualmente engorda os cofres da Câmara com 5% do orçamento da prefeitura em Criciúma, precisa mudar. O alerta foi feito no fim do ano passado em vistoso e bem elaborado documento encaminhado por Observatório Social (OS) e ForCri ao então presidente do Legislativo, vereador Miri Dagostim (PP). Sugerem os organismos a queda pela metade, de 5% para 2,5% do orçamento municipal. Ainda é muito dinheiro. Miri tangenciou e nada fez. Ficou na gaveta. Agora, a batata quente pertence a Tita Beloli (MDB), o presidente da Casa desde quarta-feira. Ele garantiu que vai encarar essa. Promoverá a redução, mas não pela metade. Não promete índice, disse que se debruçará nos estudos, mas reconheceu que guardar R$ 8,1 milhões no banco para uma entrega no fim do ano, com tantos problemas na cidade, beira o absurdo. Ele quer convencer o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) a promover repasses trimestrais e a carimbar as sobras da Câmara para investimentos na saúde. Essa é para anotar e cobrar mais tarde.
Sem cortes
Se Tita Beloli concorda com a redução do duodécimo, ele não arrisca diminuir o corpo funcional da Câmara. Entre as sugestões de OS e ForCri estão a redução do número de assessores, hoje são 33, e enxugamento em outros cargos administrativos. Diz Tita que a Câmara é de porte, de uma cidade de porte, e há trabalho suficiente e de sobra para todos que lá estão.