A assessoria do governador Raimundo Colombo fica de cabelos em pé a cada especulação sobre a data da sua renúncia. O próprio Colombo não quer saber de falar no assunto. Eduardo Moreira, sempre muito falante, de repente emudeceu. Mas, todos os sinais apontam que eles estão acertados.
Em principio, a idéia era que os dois, juntos, anunciassem em entrevista coletiva a data da renúncia e transmissão de cargo na primeira quinzena de dezembro. Não vai acontecer. Pelos desdobramentos políticos possíveis.
Como é fim de ano, há projetos importantes de interesse do governo a aprovar na Assembléia, não é conveniente tratar disso agora.
Passada a virada do ano, o quadro é outro.
É possível que Colombo tire ferias no inicio de janeiro. Pelo menos ele aventou esta possibilidade ao prefeito Clesio Salvaro. Mas, de qualquer forma, o governo estará em “recesso” por estes dias.
No retorno, os dois devem fazer o anúncio. Se nada mudar, Eduardo assumirá como governador em fevereiro. Provavelmente, antes do carnaval.
Mas, até lá, já vão tratando do governo a “quatro mãos”. A viagem que fizeram à Brasilia é a prova disso.
Foram, juntos, ao ministro da fazenda, Henrique Meireles, e o presidente da república, Michel Temer, em busca de um “reforço de caixa” para o estado. Não conseguiram tudo o que esperavam, mas foram atendidos em boa parte. Pelo menos o suficiente para fechar o ano com salários em dia e décimo terceiro pago.
Assumindo em fevereiro, Eduardo será aliado de Colombo na eleição. Independente do que tenha a acontecer até lá.
De outro lado, ficará mais fortalecido para interferir na definição do candidato do PMDB ao governo e na composição de alianças.
Para o sul do estado, uma boa perspectiva.
Foi na outra vez em que Eduardo foi governador por quase um ano que foi lançado o projeto da via rápida (que será via vêneto). A ser inaugurada no dia 20. Uma obra de r$ 128 milhões. A maior do governo em Santa Catarina.