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Um hospital público para Criciúma

Editorial desta quarta-feira (27)

Por Adelor Lessa 27/07/2022 - 07:28 Atualizado em 27/07/2022 - 08:42

Época de campanha, tempo certo para tratar de novas possibilidades para atender e fazer melhor à vida das pessoas.

Na mesa redonda feita aqui nesta semana para tratar das pautas da região, o presidente da Amrec, prefeito Neguinho, trouxe ao debate a proposta de um hospital público. 

Hospital geral para atender pelo SUS. 

Criciúma é a única sede da microrregião, único polo regional, que não tem hospital geral público.

Tem o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina, mas é nichado, atende uma faixa dos pacientes do SUS.

Hospital da prefeitura, administrado pelo estado.

Hospital geral público que atende pelo SUS, não tem.

O Hospital São José cumpre o papel, atende pacientes do SUS. E faz bem. 

Mas é o único.

Via de regra, lotado.

Uma segunda alternativa, segunda porta, é importante. Dá mais segurança. 

Criciúma tem curso de Medicina na Unesc.

Unesc já administrou o Hospital Regional de Araranguá. E administrou bem. 

Unesc tem profissionais para fazer tocar um hospital. 

Alunos que precisam fazer residência, práticas e especialização.

E tem formados que são colocados no mercado.

A Unesc acaba de assumir a Unidade de Saúde Central de Criciúma, com seus profissionais, alunos e estagiários. 

A Unesc tem uma Clínica de Saúde que é quase um pequeno hospital.  

A rigor, a Unesc poderia fazer um hospital universitário.

Mas, seria alto risco, porque a Unesc nao pode operar no vermelho. 

Não tem retaguarda financeira.
Se colocar um hospital universitário a operar, e faltar recurso para fechar as contas, a Unesc teria que tirar do seu caixa, de outras dotações.

Seria tirar dos pés para cobrir a cabeça. Faltaria para outras obrigações. 

Poderia, no entanto, ser encaminhada uma operação em parceria a três mãos. 

O município de Criciuma tem o Hospital do Rio Maina, é da prefeitura.

A Unesc tem profissionais, expertise, plenas condições de fazer funcionar um hospital.

O estado teria obrigação de contemplar Criciúma com um hospital público, porque é a única cidade polo regional do Sul que não tem. 

Araranguá, sede da Amesc, tem. 

Criciúma, sede da amrec, maior cidade de todo o Sul, não tem.

Então, porque não juntar os três: 
prefeitura, que coloca a estrutura, o hospital. Unesc, que faz funcionar. E o estado, que aporta recursos para garantir que as contas não vão fechar no vermelho. 

Seria um jogo de ganha-ganha para a região, que se consolidaria como referência na saúde. 

E as pessoas teriam mais segurança no atendimento. 

Então, por que não?

Um hospital público para Criciúma e região.

Uma proposta para ser tratada pelos políticos, especialmente, os candidatos. 

Ouça o editorial completo:

 

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