A proposta de venda da residência oficial do governador do estado pode ser criticada, questionada, considerada radical, sem sentido. Mas, ela está em perfeita sintonia com o jeito de fazer do governador Carlos Moisés, PSL.
Afinal, quem vende o avião do governo para conter gastos, e cortar privilégios, por que não pode vender o palácio do governo?
Romeu Zema, governador de Minas Gerais, não vendeu, mas não usa o palácio do governo. Mora numa casa alugada em Belo Horizonte.
Moisés assumiu com o anúncio de medidas extremas para conter os gastos públicos, chegando ao corte do cafezinho nas repartições públicas, e decretou fim dos privilégios. Mandou vender o avião do governo, passando a usar vôos comerciais, como qualquer cidadão catarinense.
A residência oficial do governador tem um custo mensal que passa dos R$ 200 mi
O projeto do deputado criciumense Jessé Lopes, PSL, protocolado ontem na Assembleia Legislativa, deve ser aprovado rapidamente nas comissões técnicas e no plenário.
O deputado incluiu também a casa da vice-governadora, no Estreito.
Mas, o projeto trata apenas da “autorização para venda”. Vai revogar uma lei anterior que proíbe a venda da Casa da Agronômica.
Deputado não tem poder constitucional para tomar a iniciativa de vender patrimônio público. Precisa de projeto do Executivo para isso.
Mas, o principal efeito prático do projeto do deputado Jessé será o desgaste que por ventura será acumulado pelo governador.