Os vereadores de Criciúma vão fazer sessão online hoje para aprovar cortes nos salários de agentes públicos. Inclusive deles. Efeito coronavírus.
Vão votar projeto que corta 20% de salários no executivo - prefeito, vice e secretários.
Já anunciaram que vão admitir corte de 10% dos seus ganhos.
Mas, só isso?
No executivo, somando com o que já foi levado pela tesoura, vai totalizar 50% de corte.
E os vereadores só vão participar com 10%?
Antes disso, os vereadores não vão rever ou pelo menos sustar temporariamente a regra do repasse automático/compulsório de 5% da receita do municipio para o seu caixa?
Momento mais apropriado para isso não vai ter!
A voz das ruas já anunciou que a regra dos 5% é absurda.
Acic, Observatório, Forcri, clubes de serviço, entidades representativas, e tudo mais, já apelaram à Câmara de Criciúma para rever isso.
Os vereadores ouvem, mas não escutam.
O corporativismo tem falado mais alto.
E todo mês, a prefeitura tem que repassar, faça chuva ou faça sol, mais que o dobro do ncessário para a Câmara cobrir seus gastos. O saldo, fica fazendo média na rede bancária.
Por que não faz alguma coisa pelo menos agora, na crise?
Por que não fechar um acordo da Câmara com prefeito, e por três meses, ou até final do ano, para a prefeitura fazer o repasse apenas do necessário para as despesas/e os custos do mês da Câmara?
Seria um movimento positivo. Em sintonia com o momento dificil que a cidade vive.
Porque é preciso que os vereadores também pratiquem um gesto. Eles não podem ficar lá, como se em outro mundo vivessem.