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Zé Gotinha, Matteo e Ana Frida

Texto publicado no Toda Sexta edição desta semana

Por Adelor Lessa 28/01/2021 - 07:50 Atualizado em 28/01/2021 - 07:51

Matteo nasceu, mal abriu os olhos, foi levado para vacinar.
Fez as duas que são da rotina ao nascer. BCG e Hepatite.

Ana Frida tem a carteirinha de vacinação em dia.

Os meus netos estão imunizados.
Porque os pais tem preocupação com a saúde deles. Com a vida.
Estão sempre ligados para ficar com as vacinas em dia.

Nos dois primeiros anos de vida, a criança deve receber 15 doses de vacina. É obrigatório.
Se não estiver com vacina em dia, não vai freqüentar a escola.

No ano passado fiz a vacina contra a gripe pela primeira vez. E passei o primeiro inverno sem gripar.
Meu histórico era de gripão todo ano, normalmente em julho.
Sou daqueles que gosta do trabalho, pego cedo todo dia, mas, as gripes me jogavam na cama, com garganta inflamada, sem falar, e tudo o mais.

No programa que faço na rádio Som Maior, a Kelli Barp Zanetti, "chefe da vacina” em Criciúma, está sempre  no ar chamando para as campanhas de vacinação periódicas.
Dependendo da época, é a BCG, Pentavalente, contra Paralisia infantil, Rotavirus, Meningite do tipo C, contra a Pneumonia, DTP, Febre amarela, DTPa, VTV, Meningite ACWY, HPV, Influenza, etc e etc ...
Ultrapassa com certeza mais de 200 mil doses no ano em Criciúma.
Só a campanha contra influenza ultrapassa 50 mil pessoas vacinadas.

Faz pouco mais de três décadas, a poliomielite tinha números de pandemia no país. Era preciso fazer o enfrentamento. Foi aí que “nasceu” o Zé Gotinha. Em 1986.
Criação do artista plástico Darlan Rosa. Objetivo era animar as campanhas e torná-las mais atraentes para as crianças.

O “Zé” ganhou notoriedade. As crianças adoravam. Ele estava em todas as festas e eventos públicos.
Perdi a conta das reportagens que fiz na época para a televisão com o Zé Gotinha!

O Rotary fez um trabalho maravilhoso, voluntário, com investimento expressivo, para estimular a vacinação contra a pólio em todo o país.

Na verdade, os rotarianos de todo o mundo se deram a missão de trabalhar pela erradicação da pólio no mundo, e conseguiram.
Bilhões foram arrecadados e investidos em vacinas e campanhas.
Junto com parceiros, ajudaram a imunizar mais de 2,5 bilhões de crianças em 122 países, representando uma redução de 99,9% no número de casos mundiais.

Hoje em dia é feita a campanha de vacinação para manter os números da pólio sob controle.

Enfim, vivemos com as vacinas. E graças a elas ..

A gente nasce sendo vacinado, e segue assim até morrer.
As vacinas entraram na rotina. Porque representam saúde, garantia e qualidade de vida.

Então, por que não vacinar contra o coronavírus?

De vez em quando leio algumas pessoas preocupadas com percentual de eficácia da vacina. Mas, alguém por acaso pergunta o percentual de eficácia da vacina BCG quando vai vacinar o filho?

Se a vacina foi aprovada pela Anvisa, que é a "autoridade" do país para o assunto, composta por alguns dos técnicos mais qualificados, quem somos nós, pobres mortais, para desaprovar?

Mas, está nas redes, e nas rodas, uma campanha contra a vacina!
Não é a primeira vez que isso acontece. Já teve em 1904, quando foi lançada a campanha de vacinação contra a varíola. Oswaldo Cruz liderava o processo. Enfrentou protestos, foi xingado, atacado.
Acabou consagrado pela história.

Agora, para não perder tempo com polêmica de 117 anos atrás, poderia deixar liberado. Vacinaria quem quisesse.     Só que não vai fechar. Porque tem que ter 60% a 70% de vacinados para atingir o patamar de segurança e começar a pensar em volta à normalidade. E parar de perder amigos e parentes.

Então, vacinar é preciso!

Se não temos um Zé Gotinha para reforçar a campanha, podemos lembrar das imagens dos tantos amigos que perdemos!

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