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Até quando dá pra segurar a incompetência corrupta?

Por Arthur Lessa 23/05/2018 - 19:00 Atualizado em 23/05/2018 - 19:21

Um país em decadência e sua economia caminha para o colapso.

Nesse cenário desolador em que a intervenção estatal se sobrepõe a qualquer iniciativa privada de reerguer a economia, os principais líderes da indústria, do empresariado, das ciências e das artes começam a sumir sem deixar pistas.

Com medidas arbitrárias e leis manipuladas, o Estado logo se apossa de suas propriedades e invenções, mas não é capaz de manter a lucratividade de seus negócios.

Mas a greve de cérebros motivada por um Estado improdutivo à beira da ruína vai cobrar um preço muito alto. E é o homem – e toda a sociedade – quem irá pagar.

Familiar, não? Preocupante de tão familiar, não é verdade?

O que eu li agora foi um trecho da sinopse do site da Livraria Saraiva pro livro A Revolta de Atlas, de Ayn Rand, publicado em 1957.

A mesma sinopse inicia assim:

Na mitologia grega, o titã Atlas recebe de Zeus o castigo eterno de carregar nos ombros o peso dos céus.

Neste romance, os pensadores, os inovadores e os indivíduos criativos suportam o peso de um mundo decadente enquanto são explorados por parasitas que não reconhecem o valor do trabalho e da produtividade e que se valem da corrupção, da mediocridade e da burocracia para impedir o progresso individual e da sociedade.

Mas até quando eles vão aguentar?

A corrupção, mesmo acontecendo em proporções insustentáveis, não é o problema do Brasil, mas parte dele. Além dos desvios, roubos e maracutaias, o Governo (Máquina, Sistema ou qualquer outro nome pomposo) é incompetente. Então, se pensarmos num encanamento dos recursos saindo de Brasília para a população, além dos canos "acoplados" para desviar parte do fluxo para malas e cuecas, existes o furos da falta de qualidade de gestão que os políticos e administradores públicos apresentam, por vaza outro tanto. No fim de tudo, chegam gotas a quem precisa.

Mais resumidamente, se for pra fazer uma ponte, compra-se material para duas e o orçamento é pra três. Dinheiro some e, se não bastasse, pode crer que a ponte cai.  

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