Maior alta do pregão de terça, 11, com 10,08%, o Atacadão, também conhecido como Carrefour Brasil, pode estar se despedindo da bolsa brasileira. O Grupo Carrefour, controlado pelo Carrefour S.A. (França) e o Carrefour Nederland B.V. (Holanda), oficializou ontem a proposta de comprar 100% das ações do Atacadão (CRFB3), que é o Carrefour Brasil.
Caso seja concretizado o negócio, o Carrefour Brasil se tornaria uma subsidiária integral do Grupo Carrefour e teria capital privado, ou seja, seria deslistada da bolsa.
De acordo com a proposta, os acionistas da CRFB3 terão três alternativas de remuneração pelas ações:
- Receber R$ 7,70 por ação, em dinheiro;
- Receber metade (R$ 3,85), em dinheiro, e converter a outra metade para 0,04545 da ação em Paris ou um BDR equivalente;
- Converter tudo e receber 0,0909 da ação do Carrefour em Paris ou um BDR equivalente.
O valor ofertado representa um prêmio de 32,4% em relação à média do preço das ações nos 30 dias anteriores a 10 de fevereiro de 2025 e de 8,5% em relação ao fechamento de ontem.
Além do impacto direto para os acionistas da empresa envolvida em processos de OPA, Oferta Pública de Aquisição, que é o contrário do IPO, o movimento de fechamento de capital aponta que os acionistas principais, ou grandes investidores, entendem que as ações da empresa estão sendo negociadas a um preço muito baixo, ou seja, com desconto muito alto.
E, por consequencia, esse tipo de acontecimento dá a entender que a Bolsa está barata. E, sinceramente, olhando para as empresas certa, está mesmo!