A pandemia chegou trazendo terror ao mundo todo e, insistente, ainda não sumiu. Provavelmente não sumirá. Assim como seus efeitos na rotina da sociedade.
Esse foi um dos temas que tratei com Carlos Piazza, darwinista digital, em entrevista especial para o 60 Minutos. Apesar de a tecnologia já permitir há anos a adoção do home office para boa parte dos trabalhos, o formato foi imposto tanto para profissionais quanto para empresas.
Enquanto os primeiros não tinham o incentivo para mudar a rotina que "sempre foi assim", e sofriam com o medo de ser vistos como alguém que só fica em casa, as empresas foram obrigadas a desapegar da máxima de que "o boi engorda no olhar do dono" e encontrar maneiras de organizar tarefas e demandas e controlar produtividade sem acompanhar passo a passo da execução. Segundo Piazza, chegou o momento de abandonar o modelo fordista que temos hoje, de empregos fixos com trabalho das 8h às 18h.
Fordismo
Fordismo é referência a Henry Ford, fundador da automotiva Ford, que consiste em é um modelo produtivo criado com o objetivo de aumentar a produtividade e, em contrapartida, diminuir os custos de produção. O modelo é baseado em linha de produção, com cada estação realizando uma pequena parte do produto final, com período determinado e atividade específica. O foco de controle desse modelo é o processo, não a entrega do produto final.
Confira parte dessa conversa no corte abaixo