A mania de deixar tudo pra última hora é tão característica da cultura brasileira quanto a feijoada e o samba. E a Declaração Anual de Imposto de Renda não fica de fora.
Se você está agora, fim da tarde do último do prazo, desesperado porque não vai conseguir terminar, calma! Respira fundo e vem comigo.
Feito é melhor que bem feito
Se não consegue entregar completo, faz igual prova da escola ou vestibular e entrega com o que fez. A declaração, mesmo após o prazo, apresenta a possibilidade de retificação, que é um jeito pomposo de dizer correção. Então o foco aqui é entregar, pelo menos, a primeira versão e corrigir depois.
Mas, pra ajudar você nessa "estratégia", seguem algumas dicas:
Modelo de declaração: se você não tem custos importantes para deduzir do Imposto de Renda, provavelmente valha mais a pena fazer a declaração simplificada. Se tiver, como gastos com saúde, educação ou vantagens tributárias de previdência privada, por exemplo, escolha a declaração completa mesmo que não consiga inserir nesse momento todos os dados. Essa decisão é irreversível, então analise bem.
- Dê atenção aos campos mais importantes, que são Receita Tributável, onde entram salário, aluguéis e outros recebimentos semelhantes; e Bens e Direitos, onde é listado o patrimônio do contribuinte, como carros, imóveis, conta em banco e afins. Nesse segundo, mesmo que tenha havido alguma mudança, como compra ou venda de um carro, e não for possível colocar corretamente no momento, insira as informações que tem e retifique depois.
Com essas informações você está com a questão resolvida? Claro que não! (Deve se envergonhar, inclusive)
Mas, acordando a Pollyana que vive em cada um de nós, ao menos se livra das multas e sanções de deixar de cumprir essa obrigação fiscal (que pode bloquear seu CPF) e deixa a possibilidade de arrumar a bagunça nos próximos dias.
O importante agora é reduzir danos!
Depois é hora de vergonha na cara e responsabilidade, caro brasileiro!