A longa reunião de ontem do Fórum Parlamentar Catarinense com o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, terminou sem que fossem encaminhadas as mudanças cobradas pela região.
Está mantida para o dia 6 de novembro a previsão de lançamento do edital de concessão do Trecho Sul da BR-101.
E neste edital estão mantidas também as quatro praças de pedágio tão criticadas, pela população, representantes de classe, empresas de transporte e políticos.
Ou seja... Toda aquela comemoração após a reunião com a direção da ANTT, na semana passada, de nada valeu. Alegria momentânea. Foi pelo ralo.
No encontro, os deputados e senadores do Fórum receberam a garantia de que o edital não seria publicado até que a questão tratada com o ministro. Pelo clima positivo, surgiu a esperança de recomeço do planejamento das praças, rediscutindo os investimentos necessários, que influencia o tanto o valor das tarifas quanto o número de postos de cobrança. Era o quadro ideal. Era a vitória perfeita.
Era... Mas não foi.
Deputados e senadores saíram fulos da reunião. Não foram ouvidos pelo ministro, que foi irredutível, seguindo mesma linha de discurso da última sexta-feira, quando o ministério divulgou nota afirmando, em suma, que a reunião com Agência Nacional de Transportes Terrestes foi perda de tempo.
O argumento apresentado pelo ministro para a manutenção dos termos do edital foi de que a quantidade de pedágios estimula a redução do preço, tendo em vista que há previsão de R$ 7,4 bilhões em investimentos.
Freitas reforçou ainda que, como a concorrência é em formato de leilão pelo menor preço, o valor da tarifa deve ter redução de 40% em relação ao valor base, que é de R$ 5,19. Se confirmada a previsão, a tarifa fica em R$ 3,12. Ainda pesa no bolso.
Tratarei do assunto com mais profundidade no decorrer do Programa Adelor Lessa desta quinta-feira, dia 24 .