Há alguns dias a "nova onda" da inteligência artificial tem rondado meus assuntos. Na semana passada fiz uma live com a Alê Koga sobre o ChatGPT, gerador de textos sob encomenda que é a grande sensação de 2023 nesse tema.
Nessa live, inclusive, pedi que a plataforma criasse uma matéria policial fictícia como se fosse de autoria de Willian Shakespeare. E o resultado ficou muito interessante, principalmente por ter levado menos tempo para "pensar" e redigir que uma pessoa comum levaria só para digitar. Você pode conferir esse texto aqui.
Além dessa brincadeira, testamos também durante a live algumas possibilidade mais práticas e úteis, como texto publicitários para protetor solar e carros usados. E, de novo, o resultado foi satisfatório. Outro trecho que você pode conferir aqui.
(UM ÓTIMO TEXTO) CONTINUA APÓS O VÍDEO
Mas, por outro lado, alguns pedidos feitos deram frutos sem sabor, sem graça, mecânicos (irônico, não?). E a diferença se deu basicamente pela complexidade do pedido e do resultado esperado. Quanto mais detalhes eu acrescentei, como no caso de Shakespeare, melhor ficou o resultado. Por outro lado, uma pergunta simples rendeu um verbete de Wikipedia.
E é aí que mora a grande pergunta: até que ponto essa tecnologia põe em risco a utilidade do trabalho humano?
Eu pergunto e eu respondo, obviamente baseado na minha própria opinião.
O risco de ser substituído pela inteligência artificial como a vemos hoje é altíssimo para quem apenas cumpre tarefas de forma mecânica e genérica. Um exemplo já bastante batido e anterior a qualquer sinal de inteligência artificial é o ascensorista. Anteriormente, quando o sistema dos elevadores era rústico e perigoso, ele era importante. Hoje, com comandos digitais e botões simples, é completamente inútil.
Trazendo para o tema, se você tem esse medo, pense no que você faz no seu emprego. Quão complexa é a rede de informações e cruzamentos de dados que você sintetiza em um texto? Ou você apenas reúne informações já disponíveis e apenas escreve, como num relatório?
Se você é a pessoa que montar o relatório que apresenta apenas qual foi o aumento das vendas do produto X no período Y, prepare-se para um possível “final de ciclo”. Por outro lado, se você é aquele que, a partir dessas informações, analisa variáveis de cenário, concorrência, economia e objetivos da empresa para definir um plano de ação, atente-se a aprender a usar bem a ferramenta.
O que vemos hoje não é novidade. Já aconteceu várias vezes na história, que as chama de “revoluções industriais”. Estamos passando por apenas mais uma e, seguindo o darwinismo na sua essência mais pura, sobrevive quem se adapta.