Está prevista para o início de junho a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre quem tem o direito do nome iPhone no Brasil. A disputa acontece entre a tech brasileira Gradiente e a gigante mundial Apple, conhecida pelo... iPhone.
O que parece piada é, na verdade, uma questão bastante burocrática. Por volta de 2000 a Gradiente pediu registro do nome Iphone, algo bastante comum no mercado de marcas e patentes para garantir que, por exemplo, um empresa de bebidas faça um isotônico chamado Gatorade e coloque ao lado do original, causando confusão e prejuízos ao detentor da marca.
Acontece que, nos anos seguintes, a Gradiente não lançou nenhum aparelho com esse nome e, mais que isso, só conseguiu o registro em 2008. Ou seja, um ano após o lançamento do primeiro iPhone por Steve Jobs e cia. Ou seja (pt. 2), a demora jurídica brasileira criou uma situação insólita que poderia muito bem ser um filme com Adam Sandler, Owen Wilson ou Steve Carell no elenco.
Para melhorar a história, a Gradiente chegou a lançar em 2012 um aparelho da linha IPHONE chamado Neo One que, ironicamente, contava com o sistema operacional Android, concorrente direto do iOS da Apple.
Outra informação importante do caso é que, seguindo a lógica dos apostadores de Mega Sena, a empresa já fez promessa com o "prêmio". Se sair vencedora da disputa, parte da receita desses royalties será encaminhada para acionistas que aderirem à sua Oferta Pública de Aquisição (OPA).
Pelo sim, pelo não, a nossa Suprema Corte tem de 2 a 12 de junho para bater o martelo e decidir se, no Brasil, se o nome do smartphone mais famoso do mundo vai render ou não algumas "verdinhas" para a Gradiente.