Esse é um tema que sempre me desperta vontade de escrever, de falar, de aprender e aprender a praticar.
Escuto muitas histórias de muitas pessoas, donos de negócio, sonhadores, empreendedores, gente que quer abrir um negócio, outros que querem fechar, gente que quer ter filhos, outros que não os desejam e por aí vai...o que tem em comum em todas as histórias: gente! Isso mesmo, todas as histórias são de pessoas com todos os seus desafios, dificuldades, medos, potenciais, mas todos muito parecidos nos sentimentos e sensações. Ilusão acharmos que não sentimos o que o outro sente. Sempre falo isso aos meus coachees e mentorandos, não se iludam, tudo o que você sente em determinada situação é muito parecido com o que outras pessoas sentem, só que não paramos para refletir sobre isso. Se assim fizéssemos, controlaríamos mais nossas atitudes, pois nos colocaríamos no lugar da outra pessoa.
Vou contar uma história para vocês que reflete bem uma situação onde a falta de empatia impactou nas relações. Vamos a história! Quem tem filhos sabe a alegria de contarmos a notícia ao mundo, então imaginem a cena: “Olá titia, estou chegando...” eis que a tia, uma pessoa um tanto quanto amarga pela forma de ver e conduzir a vida responde: “kkkk....mais um para minha mãe cuidar”... O que acham disso? Será que por segundos essa “tia” conseguiu dimensionar a sensação de alegria da outra pessoa? Será que conseguiu compreender que havia uma intenção em compartilhar um momento de alegria e felicidade plena?
Esse é um exemplo simples de como as pessoas conseguem, por alguns instantes, deixar que sua falta de sentimento e conexão com o outro se torne extremamente nocivo. Eu conheço essa história, e sabem como ela termina: ela não termina, porque ela nem continua. Porque as pessoas que agem sem empatia não conseguem estabelecer vínculos saudáveis e férteis. Toda a história em que não há empatia, há julgamento, como no caso acima.
E me diga, quem gosta de ser julgado? Os julgamentos estabelecem rótulos para definir e até mesmo condenar alguém. Temos uma tendência em criar categorias para as pessoas, no caso desta história, a tia faz aquele comentário agressivo porque a mãe da criança é uma profissional que trabalha, ama trabalhar e então, a “tia” cria um rótulo para a “a mamãe malévola” que nunca quis abandonar sua carreira para viver apenas a maternidade.
O fato é que a falta de empatia gera feridas emocionais nas pessoas, às vezes irreparáveis. Por isso, se você é gestor, líder, mãe, pai, marido, cunhado, atente-se: essa é uma das competências principais para todo e qualquer relacionamento.
Nos seus sapatos o calo aperta, dói, você identifica com clareza o que te aflige e incomoda.
Encerro pedindo um favor, favor que vai ajudar a ampliar sua visão de mundo, vai lhe tornar alguém melhor: calce os meus sapatos!