A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde de Santa Catarina que cuidará, entre tantos assuntos, de temas relacionados ao clima, vai precisar lidar com um climão. É que a posse de Ricardo Guidi como Secretário da pasta não deverá contar com a presença da cúpula de seu partido, o PSD. Eron Giordani, presidente estadual da sigla e o deputado estadual Júlio Garcia, principais nomes do PSD no estado, certamente serão as ausências mais percebidas no ato de posse.
O clima entre os peessedistas já não andava dos melhores, mas as coisas desandaram de vez quando o então deputado federal Ricardo Guidi confirmou que aceitaria o cargo para o qual foi convidado pelo governador Jorginho Mello. À época, enquanto Ricardo se preparava para uma coletiva de imprensa para confirmar a informação, o presidente estadual do partido, Eron Giordani, emitiu uma nota ressaltando que a decisão do deputado não havia passado pelo partido, sendo, portanto, uma decisão pessoal de Ricardo. Veja o que ele disse na nota sucinta:
"A decisão do deputado federal, Ricardo Guidi, de aceitar o convite do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e assumir a Secretaria do Meio Ambiente é pessoal, sem indicação ou qualquer outra articulação do PSD. O partido segue com sua posição de independência em relação ao Governo Estadual, defendendo os interesses dos catarinenses na Assembleia Legislativa e na Câmara de Deputados. O PSD trabalha por temas importantes como a desburocratização do estado e a diminuição de impostos."
Publicamente, Ricardo Guidi mantém o discurso de que será candidato a prefeito em 2024 e garante que não pretende deixar o partido. Porém, com base na nota acima, que ressalta que o PSD seguirá com atuação independente com relação ao governo Jorginho, é possível adiantar que na Austrália, Ricardo Guidi já se filiou ao PL, já que esse parece ser o único caminho possível para viabilizar sua candidatura a prefeito.
A previsão indica tempo bom em Santa Catarina nesta quinta-feira. Já no PSD, não se pode dizer o mesmo.