Aos poucos, o Criciúma começa a ter a cara de Hemerson Maria, conhecido por ser um técnico exigente em treinamentos e que cobra um padrão de jogo bem estabelecido. Dos nove reforços anunciados pelo clube, quatro já trabalharam com Hemerson em outros clubes: o zagueiro Alemão, o volante Moacir e os atacantes Mateus Anderson e Uilliam Barros.
O técnico trouxe junto sua comissão técnica composta pelo auxiliar técnico Emerson Nunes e o preparador físico Alexandre Souza. Nesta sexta-feira, 5, Nunes concedeu entrevista coletiva no Centro de Treinamento Antenor Angeloni e falou sobre essa opção de trazer jogadores já acostumados com o método de trabalho de Hemerson Maria.
"De certa maneira nos facilita. Se o atleta já conhece a metodologia da comissão técnica, isso nos adianta em relação a tempo. Às vezes as pessoas pensam que é só contratar o jogador e colocar para jogar. Mas jogar bola é diferente de jogar futebol. Futebol é um esporte de alto rendimento que exige conjunto, estratégias e muitas vezes não se tem tempo para conseguir isso. Quanto mais atletas tiverem conhecimento da metodologia, facilita", justificou Nunes.
Para as competições de 2021, o Tigre monta o elenco em meio à pré-temporada. O curto período de preparação para a temporada foi acentuado pela pandemia. No entanto, o entendimento no clube é de não apressar os processos "Temos que ter convicção nos atletas e não apenas trazer por trazer. Quando o atleta já trabalhou contigo, facilita que absorva melhor a metodologia da comissão técnica", acrescentou o auxiliar técnico.
Nunes jogou futebol entre 1996 e 2011 - da base do Cruzeiro, saiu para América-MG, Ipatinga, Nacional de Ilha da Madeira, Botafogo e encerrou a carreira no Avaí. Um ano após deixar os gramados, o ex-zagueiro/lateral direito começou a trabalhar na comissão técnica de Hemerson Maria, no próprio Leão da Ilha.
"Trabalhar com o Hemerson Maria é uma responsabilidade muito grande. Consegui ter uma visão grandiosa do futebol, que é muito mais do que jogar bola", apontou o auxiliar. Nunes é testemunha do grau de exigência do técnico do Tigre. "Forçou-me a crescer, estudar, buscar conhecimento para que eu pudesse atender à exigência dele", concluiu.