A Cidade dos Transportes, local onde se concentrariam as atividades de transporte rodoviário em Criciúma, voltou a ser discutido recentemente. O conceito, elaborado no início da década de 90, buscava harmonizar o transporte de cargas através de caminhões com o trânsito e a infraestrutura do município.
O Porto Seco, como a área na Primeira Linha e São João viria a ser conhecida, tem 580 mil metros e foi adquirida ainda em 1995, pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Sul de Santa Catarina (Setransc). “A ideia era, e ainda é, concentrar os caminhões nesse espaço”, comentou o presidente do Setransc, Lorisvaldo Piuco.
Os veículos de transporte de cargas acabam atrapalhando o trânsito comum na cidade. “Atrapalha o transito, é verdade, por ser lento e não ter a mobilidade de um automóvel, então ideia de fazer o projeto de transportes para facilitar a vida de todos”, enfatizou Piuco.
Os caminhões viriam de todas as partes do país diretamente para o Porto Seco. “Deixariam de rodar pela cidade na procura de novas cargas, seria uma central de cargas para redistribuição”, explica.
Para retirar caminhões do trânsito comum
Com isso, os veículos deixariam de trancar o transito, danificando o asfalto e a infraestrutura envolvida. “Iria gerar maior mobilidade na cidade, além de uma economia grande para a Prefeitura e Estado pela economia na pavimentação de estradas danificadas”, expôs Piuco, durante entrevista no Programa Adelor Lessa desta segunda-feira (24).
A obra não foi implantada pelas dificuldades envolvidas. “Pavimentações não feitas, transportadores saindo do ramo, falta de suporte do Poder Público são apenas alguns problemas”, elencou o presidente.
Outro ponto seria a falta dos recursos necessários para o projeto ser posto em prática. Há dois anos, o orçamento era de R$ 5,4 milhões para as pavimentações necessárias. “Envolve pavimentação dupla, com qualidade à nível de BR-101, senão começaria a dar prejuízos com manutenção rapidamente”, enfatizou o presidente. O espaço também geraria mais de 2,5 mil empregos. "Seriam três turnos de trabalho contínuo, então muita gente empregada poderia ter ali", completou Piuco.
Confira a entrevista na íntegra: