Em Santa Catarina, dos 295 municípios apenas 30 têm conselhos municipais da Mulher. A deputada estadual, Ada De Luca, coordenadora da bancada feminina na Alesc e a coordenadora do Conselho Estadual da Mulher, Aretusa Larroyd, em reunião na terça-feira, 26, em Florianópolis, definirão ações conjuntas, entre o parlamento e o executivo estadual, visando ampliar essa representação. “A mulher vítima de violência precisa de acolhimento próximo. Diante dos números assustadores que colocam nosso Estado quase que na liderança no registro de ocorrência desse tipo, não podemos ficar omissas”, destacou a deputada.
“Em Santa Catarina, para instruir as mulheres agredidas, o primeiro passo é que os conselhos municipais sejam formados para fortalecer a rede de combate à violência contra a mulher”, complementou Aretusa.
Tornozeleiras eletrônicas
Durante a reunião, também foi discutida a possibilidade de sugerir ao presidente do Tribunal de Justiça, Rodrigo Collaço, que os homens que estiverem respondendo por violência contra a mulher aguardem o julgamento com tornozeleiras eletrônicas. O mesmo que já ocorre em estados como Pernambuco, Minas Gerais e Espírito Santo. No Distrito Federal também já existe esse tipo de caso. “Diante dos números de violência elevados em Santa Catarina, colocando nosso Estado como o segundo mais violento no País, essa seria uma alternativa muito importante para prevenir mais mortes”, completou a deputada Ada de Luca.
Segundo notícia do Conselho Nacional de Justiça, vigiar os passos de agressores por meio de equipamentos eletrônicos tem sido uma das formas encontradas para monitorar o cumprimento da decisão de afastar o agressor da vítima. A ação conta com o apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e dos magistrados que compõem o Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid).
No final do encontro, Aretusa fez um convite oficial para a bancada feminina participar do Fórum de enfrentamento da violência da mulher no campo das águas, floresta e quilombolas. “Nestas regiões a informação não chega e o machismo impera”, destacou a coordenadora do Conselho Estadual.