Protocolado na Câmara de Vereadores de Criciúma pelo prefeito Vagner Espíndola (PSD), o projeto de lei que visa criar 63 novos cargos comissionados não foi muito bem recebido pela bancada do PL. Segundo o vereador Nícola Martins, da sigla, a proposta irá representar um aumento considerável de vagas em relação ao último ano.
“Hoje a Prefeitura já tem 390 cargos comissionados. Se a gente comparar com abril do ano passado, que eram 346, já subiu quase 50 cargos comissionados e existe essa proposta para subir mais 63”, alertou, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, nesta terça-feira (15). Segundo ele, caso o projeto seja aprovado, o total de cargos comissionados chegaria a 453, representando um aumento superior a 30% em relação ao ano anterior.
Apesar de o governo alegar que o projeto também prevê a extinção de outros cargos, o vereador afirma que essas vagas já não são mais ocupadas. “São cargos que há anos já não são ocupados, alguns há meses já não são mais ocupados. Então, na prática, está sim crescendo o número de cargos comissionados”, destaca.
Sobre o diálogo com o prefeito, Martins lamentou que o tema não tenha sido discutido previamente, mesmo após reunião recente com os parlamentares. “Prefeito, o senhor reuniu todos os vereadores na segunda-feira anterior. Por que que já não comentaram sobre essa lei, essa reforma da reforma?”, questionou durante a conversa com Vaguinho.
O vereador também cobrou maior transparência do governo quanto ao impacto orçamentário do projeto. “É um cálculo difícil de fazer, que se a prefeitura não quiser ajudar a gente a fazer, fica mais difícil ainda. Então a gente está buscando esse entendimento e não fazer o negócio numa fogadilha”, finaliza.
Ouça a entrevista do vereador, na íntegra: