O ministro Paulo Guedes, da Economia, fez um balanço dos primeiros 500 dias de governo Jair Bolsonaro em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira, 15. "Não vamos celebrar em meio a essa pandemia, com os brasileiros em risco e a economia sobre ameaça", disse. Guedes destacou efeitos dos problemas atuais. Segundo ele "um é a saúde e estamos no efeito dela, estamos tentando atravessar. Lançamos a nossa camada de proteção social e a segunda onda é a onda da economia".
Ele lembrou a importância de a economia servir como um agente de inclusão social. "Estamos hoje sem conseguir que 100 milhões de brasileiros possam lavar as mãos para se proteger dessa pandemia. As tarifas de água e esgoto subiram bastante acima da inflação e os investimentos desceram. 100 milhões de brasileiros têm esgoto a céu aberto", apontou. "Estava tudo sendo encaminhado. A simplificação dos impostos, a atualização do marco regulatório para disparar os investimentos, tudo encaminhado. Um congresso reformista", disse.
Pandemia tem fim
“A pandemia tem início, meio e fim. O Brasil não, o Brasil vai continuar!”, afirmou Guedes. "Quando nós entramos, estávamos determinados a mudar essa estrutura da economia, retirar privilégios, descentralizar recursos, como dizemos 'Mais Brasil'. O povo vive nos municípios. Nós teremos mais recursos, mais educação se os recursos estiverem na ponta", relatou.
Guedes frisou que o momento é de união de esforços, já que uma segunda onda da pandemia pode dificultar ainda mais a situação econômica do país. "Como brasileiros, temos que estar juntos para atravessar esta primeira onda da saúde. Juntos para o Brasil não entrar em colapso também financeiramente. Essa segunda onda pode nos remeter a um país com prateleiras vazias", alertou o ministro sobre o enfrentamento à Covid-19.
Sobre o isolamento social, Guedes também comentou. "O isolamento social protege vidas, mas o isolamento econômico ameaça vidas. No ponto de vista da saúde tem que estar afastados, no ponto de vista econômico, precisamos estar abraçados", sublinhou. "Nós vamos lutar, vamos atravessar essa onda da saúde e vamos chegar do outro lado e celebrar a vida. Porque essa pandemia tem inicio, meio e fim e o Brasil vai seguir e continuar", reafirmou.