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A preocupação com a economia em manifesto da Acic e CDL

Entidades sugerem que Executivo, Legislativo, Judiciário, MP e TCE reduzam despesas. Pede, ainda, cortes nos duodécimos

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 07/05/2020 - 10:56 Atualizado em 07/05/2020 - 11:03
Moacir Dagostin, presidente da Acic, assina o manifesto com a presidente Andrea Salvalaggio, da CDL / Arquivo / 4oito
Moacir Dagostin, presidente da Acic, assina o manifesto com a presidente Andrea Salvalaggio, da CDL / Arquivo / 4oito

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A Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) divulgaram um manifesto conjunto na manhã desta quinta-feira, 7, no qual sugerem uma série de medidas do poder público para se adequar às novas realidades econômicas perante à pandemia de Covid-19.

Entre as medidas sugeridas estão cortes de gastos nos três poderes, e a Câmara de Vereadores é provocada a providenciar "a imediata e permanente redução nos repasses dos seus respectivos duodécimos", o mesmo valendo para Alesc, Tribunal de Contas, Ministério Público e Poder Judiciário em nível estadual.

No documento é citado, ainda, o Fórum Parlamentar Catarinense, para que os deputados e senadores de Santa Catarina se empenhem na destinação do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral para ações de combate ao coronavírus. Agilização da Reforma da Previdência em todos os níveis e medidas de proteção ao emprego e renda também são cobradas pelas entidades. Confira a nota que é assinada pelos presidentes Moacir Dagostin (Acic) e Andrea Salvalaggio (CDL).

Enfrentamento da crise gerada pela Covid-19 exige esforço de todos

 

A Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, em nome de seus 2,3 mil associados, defendem que o enfrentamento da crise gerada pela Covid-19 exige os esforços de todos, cidadãos, empresas, entidades, instituições, iniciativa privada e poder público, no sentido de restabelecer a saúde, a segurança e a economia de Santa Catarina no menor tempo possível.

 

Solicitam aos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas que apresentem publicamente os impactos financeiros das ações já anunciadas para a redução de suas despesas e adotem medidas rígidas para contribuir com o enfrentamento da crise em curso, reduzindo benefícios de forma permanente onde quer que existam.

 

Requerem que a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, o Poder Judiciário de Santa Catarina, bem como a Câmara de Vereadores de Criciúma, providenciem a imediata e permanente redução nos repasses dos seus respectivos duodécimos – efetuados mensalmente pelo poder Executivo estadual e municipal,  permitindo que estes tenham condições de atender às demandas crescentes dos catarinenses e criciumenses.

 

Pedem ao Fórum Parlamentar Catarinense que concentre esforços para a imediata destinação do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário para ações de combate à Covid-19 e a retomada da economia, e para que as Medidas Provisórias-MPs sobre as regras trabalhistas, sejam convertidas em Lei, garantindo segurança jurídica aos empresários, contra possíveis passivos, determinados pelo julgamento do judiciário trabalhista.

 

Esperam que a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina e a Câmara de Vereadores de Criciúma redobrem esforços para a continuidade das discussões da Reforma da Previdência estadual e municipal, respectivamente, de forma a reduzir a pressão sobre o erário.

 

Solicitam ao Governo do Estado de Santa Catarina a retomada plena de atividades econômicas, atualmente paralisadas, bem como a lisura e a transparência nos procedimentos da gestão governamental.

 

Solicitam aos órgãos vinculados à administração pública e instituições financeiras, maior agilidade na implementação das medidas de proteção ao emprego e à renda, como a abertura de novas linhas de crédito, concedidas com menor burocracia, taxas de juros subsidiadas, bem como a liberação dos créditos tributários às empresas credoras, tanto na esfera federal como na estadual.

 

Reiteram, às empresas associadas, a necessidade de observar com total rigor o cumprimento aos protocolos sanitários, mantendo – sempre que possível – os empregos e outras medidas mitigatórias para o enfrentamento da crise. Também apoiam os esforços para estimular a valorização dos negócios locais.

 

A Acic e CDL colocam-se à disposição de seus associados, da comunidade em geral e dos poderes constituídos, no sentido de contribuírem para o desenvolvimento socioeconômico da região Sul do Estado. Agora, colaborando na construção de medidas para o enfrentamento da Covid-19 e para a aceleração e retomada da economia. Ao longo da história, o associativismo vem mostrando na prática a importância da união, e neste momento torna-se ainda mais imprescindível, para que possamos ressurgir da crise ainda mais fortes.

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